Projeto Cidadão movimenta centro da cidade com atendimentos para pessoas em situação de rua
De acordo com o Centro Pop, a população em situação de rua de Rio Branco é inferior a 600 pessoas, deste modo a realização de políticas públicas tem grande impacto nessa realidade
A Rua Benjamin Constant estava interditada nesta quinta-feira, 22. A via foi ocupada por tendas, ônibus, micro-ônibus, cadeiras e faixas, que junto ao Fórum Barão de Rio Branco e Centro Pop sediaram o Projeto Cidadão, promovido pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), destinado a atender pessoas em situação de rua.
Como ocorre em todas as edições do projeto, é a união de várias instituições que se torna o maior atrativo para o público. Então, a movimentação estava em torno dos atendimentos ofertados pela prefeitura e governo do Estado como consultório de rua, expedição de 2ª via da identidade, bem como atendimentos jurídicos com Ordem dos Advogados, seccional Acre, Defensoria Pública do Estado e da União, Justiça do Trabalho, Ministério Público e cortes de cabelo pelo Senac.
Representando a Presidência do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), a desembargadora Waldirene Cordeiro agradeceu o apoio dos parceiros e deu relevo ao compromisso do Projeto Cidadão, enquanto um programa social que há 29 anos se aproxima da população acreana.
Além dos colaboradores diretos, a juíza do Tribunal Federal da 3ª Região (TRF-3) Luciana Ortiz visitou todos os ambientes e dialogou com os envolvidos. Ela veio ao Acre para participar do I Seminário Estadual de Atenção às Pessoas em Situação de Rua e parabenizou a iniciativa: “o desafio de fazer a rede de proteção funcionar, ter um comitê que não esteja só no papel e saiba congregar esforços dessa forma, com instituições, sociedade civil e movimento social, me deixa muito feliz e eu tenho certeza que o Acre será uma referência nacional”.
No Centro Pop, o secretário municipal de Assistência Social e Direitos Humanos Wellington Divino discursou sobre o fluxo diário da instituição. Por sua vez, o líder do Movimento Popular de Rua, Vanilson Torres, falou sobre oportunidades e apresentou uma visão otimista sobre a transformação social.
Outro destaque foi a Vara de Execução Penal e Medidas Alternativas com o “Justiça sobre Rodas”. Todos que têm alguma relação processual aparecem ao menos para se informar, como foi o caso do Gilberto Melo, que tinha sido intimado no processo do divórcio e estava com prazo em andamento para se manifestar nos autos, mas não sabia o que fazer.
Todos os atendimentos seguiram pelo período vespertino. A oferta de serviços e políticas públicas atinge em diferentes frentes a realidade urbana. A atenção à pessoas em situação de rua promove acessibilidade, garantia de direitos, rompimento de preconceitos e dignidade.
Fonte: Tribunal de Justiça – AC