Israel anuncia bombardeios no Líbano diante de “grandes ataques” do Hezbollah
O exército israelense anunciou neste domingo (25), que está realizando bombardeios preventivos no Líbano após detectar preparativos do grupo islâmico Hezbollah, apoiado pelo Irã, para lançar “grandes ataques”.
O Hezbollah libanês confirmou que havia lançado mais de 320 foguetes Katyusha contra 11 bases militares em Israel, mas declarou mais tarde que a operação militar terminou e atingiu os objetivos.
Após o anúncio, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou uma reunião do gabinete de segurança às 07h. Enquanto isso, o Ministério da Defesa de Israel declarou estado de emergência por 48 horas em todo o país.
Numa declaração em árabe, as forças armadas alertaram os residentes do sul do Líbano que estão “monitorando os preparativos do Hezbollah para realizar grandes ataques em território israelense perto das suas casas (…) Estamos atacando e eliminando a ameaça do Hezbollah”. As autoridades solicitaram que moradores da área se retirassem imediatamente do local. “Quem estiver nas áreas próximas de onde o Hezbollah opera deve sair imediatamente para proteger a si e a sua família”, disse o comunicado.
“As IDF (forças de defesa israelenses) farão tudo o que for necessário para proteger os cidadãos de Israel. Nas próximas horas iremos atualizá-los com os últimos desenvolvimentos”, acrescentou.
O Hezbollah disse que o seu ataque a Israel foi uma resposta à morte de um alto oficial militar da sua organização num bombardeamento israelita em Beirute, em 30 de julho, e que incluiu “mais de 320″ foguetes Katyusha. “O número de foguetes Katiusha lançados até agora é superior a 320 (…) contra posições inimigas”, indicou o movimento xiita libanês.
O grupo acrescentou que os foguetes atingiram 11 bases e quartéis israelenses e que a primeira fase foi concluída com “sucesso total”.
Com o anúncio da ofensiva israelense, os Estados Unidos afirmaram que “continuarão a apoiar o direito de Israel de se defender”. Sob a orientação do presidente Joe Biden, “altos funcionários dos EUA têm se comunicado continuamente com seus homólogos israelenses”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Sean Savett, em um comunicado. “Continuaremos a apoiar o direito de Israel de se defender e de trabalhar pela estabilidade regional”.
Estadão