BOLÍVIA

Os Advogados da ex-Presidente da Bolívia Jeanine Añez apontam ter provas que refutam suposta cumplicidade em crimes de terrorismo

Os Advogados da ex-Presidente da Bolívia Jeanine Añez apontam ter provas que refutam suposta cumplicidade em crimes de terrorismo
Publicado em 12/07/2024 às 13:54

Observou que o tribunal que conduz o caso tem sob a sua tutela um total de três processos contra a ex-presidente, apesar da contestação apresentada pela defesa da ex-presidente da Bolívia

“Há provas abundantes que estão a ser apresentadas para refutar tanto o fato do terrorismo como uma possível cumplicidade que a ex-presidente Jeanine Añez possa ter”, disse o seu advogado.

Luis Guillén, advogado da ex-presidente Jeanine Añez, apresentou esta quinta-feira (11), uma série de  provas de defesa no âmbito do processo de terrorismo que se segue contra a ex-presidente em certa medida de cumplicidade, relativamente aos acontecimentos ocorridos entre outubro e novembro de 2019.

“Há provas abundantes  que estão a ser oferecidas no sentido de refutar tanto o facto do terrorismo como uma possível cumplicidade que o ex-presidente do Estado possa ter”, disse o jurista numa entrevista à UNITEL.

Segundo o relatório, entre as provas documentais existem pelo menos 67 elementos probatórios, enquanto as provas nos meios digitais rondam os 400 elementos e outros  125 depoimentos de testemunhas que se pedem às autoridades correspondentes no âmbito deste processo.

“Atualmente, A ex-presidente Jeanine Añez, é acusada de cumplicidade, supostamente, neste ato de terrorismo. Porém, o que vai ser levado a julgamento, efetivamente, é uma demonização dos protestos ocorridos em 2019 que são vistos como se tivessem sido um ato de terrorismo”, observou Guillén.

O jurista também informou que neste caso em que diferentes figuras são acusadas de terrorismo, sedição e conspiração, também foi solicitada a convocação do ex-presidente Evo Morales, do ex-vice-presidente Álvaro García Linera e dos ex-ministros Juan Ramón Quintana e Carlos Romero.

“Os quatro não prestaram depoimento neste processo em fase de investigação apesar de terem havido intimações, pelo que é oportuno que agora em julgamento se declarem e deponham sobre o ocorrido em 2019. Já foram solicitados como testemunhas”, acrescentou o advogado de Jeanine Añez.

Por outro lado, observou que o tribunal que conduz o caso tem sob a sua tutela um total de três processos contra a ex-presidente, apesar da contestação apresentada pela defesa da ex-presidente da Bolívia Jeanine Añez.

“Estamos apresentando evidências para não ficarmos mais indefesos nesse processo. Não poderia dizer com o propósito de entrar numa indefesa, mas digo-o com o propósito de não entrar numa indefesa maior porque obviamente há demasiados vícios processuais”, concluiu os advogados de defesas.