Réu por morte de Henry, Jairinho não é mais doutor e perdeu medalha
Réu pela morte do menino Henry Borel, Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, perdeu, nos últimos anos, o registro profissional de médico e uma honraria da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que havia recebido em 2007 “pelos relevantes serviços prestados ao estado”.
Henry morreu em 2021, aos 4 anos. São réus no caso o ex-médico e a então esposa dele e mãe da criança, Monique Medeiros. Laudos de necropsia apontaram que lesões levaram a criança à morte. O então casal alegou que o menino teria sofrido um acidente doméstico, mas foi denunciado pelo MP, e ambos viraram réus na Justiça.
Em 8 de março de 2021, Henry Borel, de 4 anos, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, a mãe do menino, Monique, e o padrasto, Jairinho, disseram à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico e precisava de socorro
Jairinho e Monique foram presos e respondem por tortura, homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual, coação no curso do processo e falsidade ideológica. O caso aguarda para ser julgado pela Justiça
O registro profissional de Jairinho foi cassado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em maio deste ano. Ele chegou a apresentar um recurso no caso, por meio da defesa, mas acabou negado.
Jairinho foi preso em 8 de abril e perdeu o mandato como vereador da cidade do Rio. Ele também ficou sem a maior honraria da Alerj, a medalha Tiradentes. À época, ele teve reconhecidos os serviços prestados ao estado do Rio de Janeiro.
A iniciativa de entregar a honraria partiu do deputado estadual Antônio Pedregal. Para que a concessão da medalha fosse revogada, houve votação. O mesmo ocorreu à época do reconhecimento público a Jairinho.
Jairinho está preso preventivamente pelo crime aguardando ir a júri popular, assim como Monique. A determinação para a sessão foi dada, mas o julgamento ainda não ocorreu por causa da defesa deles, que entrou com um recurso ao Tribunal de Justiça do Rio e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ainda não houve resposta para o pedido.
Faz três anos e meio que o crime ocorreu. Jairinho é réu por homicídio triplamente qualificado. Além do crime de homicídio, Monique e o ex-médico respondem por tortura e coação.