Mesmo sem ser obrigada a votar, idosa de 72 anos faz questão de manter a tradição e vai à urna acompanhada da filha e da neta

Mesmo sem ser obrigada a votar, idosa de 72 anos faz questão de manter a tradição e vai à urna acompanhada da filha e da neta
Publicado em 06/10/2024 às 10:31

Manter viva a tradição de ir às urnas e exercer a cidadania é motivo de orgulho para dona Creusa Nobre da Silva, de 72 anos. Neste domingo, 6, a idosa chegou cedo ao local de votação, no Colégio Estadual Barão do Rio Branco (Cerb), acompanhada pela filha Suzy Nobre, de 43 anos, e pela neta de 13 anos. Apesar de já não ser mais obrigada a votar, Creusa afirma que sempre faz questão de participar das eleições ao lado da família.

“É um dia importante para a gente decidir e colocar uma pessoa que a gente espera que trabalhe direitinho. Pelo menos, é o que a gente pensa e espera”, comentou Creusa sobre a importância do momento para escolher os representantes que possam fazer a diferença no município.

Suzy conta que essa é uma tradição que vem de muitos anos e faz parte da vida delas. “Minha mãe mora na zona rural, na estrada de Boca do Acre, e sai de casa bem cedo, dirige cerca de 1h para me encontra e, desde que eu me lembro, sempre fazemos questão de vir juntas. É um momento de união, além de ser um direito nosso de lutar pela mudança, mesmo que, às vezes, pareça que não vemos muita diferença”, afirmou.

Dona Creusa Nobre da Silva, de 72 anos, já garantiu seu voto. (Foto: Iryá Rodrigues)

O trio não abre mão de se reunir nesse dia, e para a neta, que ainda não vota, acompanhar a mãe e a avó é como uma aula de cidadania. Desde bebê, ela acompanha a tradição familiar e já compreende a importância de fazer parte desse processo. “Ela já fala que vai votar assim que puder. Esse é um costume que espero que ela também mantenha no futuro. Mesmo ainda não votando, ela entende o valor de participar e sempre demonstra interesse”, disse Suzy.

Mesmo sem a obrigatoriedade, Creusa acredita que o voto é um compromisso que vai além do dever legal. “Eu gosto de vir. É o meu direito”, concluiu a idosa.