Federação de bares e restaurantes vai acionar Enel na Justiça por prejuízos com apagão em SP
A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) informou neste sábado (12) que irá acionar judicialmente a Enel para responsabilizar a concessionária pelos prejuízos causados ao setor por conta do apagão que atingiu a capital paulista e a região metropolitana na sexta-feira (11).
Em nota, a entidade informou que 50% dos 502 mil estabelecimentos representados estão nas regiões afetadas.
De acordo com a Fhoresp, a medida legal é necessária, tendo em vista os danos financeiros causados aos estabelecimentos. A entidade também lembra que o movimento de consumidores nos finais de semana tende a ser maior, o que eleva os prejuízos.
No último apagão que ocorreu na região, em novembro do ano passado, o setor contabilizou perdas que somaram R$ 500 milhões, de acordo com cálculos da Fhoresp.
24 horas sem energia
Depois de 24 horas do temporal que atingiu São Paulo, cerca de 1,35 milhão de clientes permanecem sem energia elétrica na noite deste sábado (12). A concessionária Enel, responsável pelo fornecimento do serviço, não informou um prazo para a normalização.
Na sexta-feira (11), a capital paulista registrou ventos de mais de 107 km/h, de acordo com a Defesa Civil do estado. A medição foi feita na estação meteorológica de Interlagos, na zona sul da cidade. Essa ventania é a mais forte desde 1995, ainda de acordo com o órgão estadual.
Segundo a Enel, os bairros mais afetados são:
- Jardim São Luís
- Vila Andrade
- Jardim Vaz de Lima
- Jardim Mariane
- Pedreira
- Campo Limpo
- Jabaquara
- Santo Amaro
- Ipiranga
- Pinheiros
- Vila Andrade
Procon notifica
O Procon de São Paulo informou neste sábado (12) que vai notificar a Enel pela demora no restabelecimento dos serviços de energia elétrica nas áreas de concessão da empresa. De acordo com o órgão, será solicitado à empresa a apresentação de um plano detalhado de para o enfrentamento de eventos climáticos severos.
“O Procon-SP poderá ainda requisitar outros documentos, convocar reuniões presenciais e iniciar procedimentos fiscalizatórios para tratar de mais esta ocorrência grave”, diz o comunicado. A empresa terá o prazo de 48h para apresentar uma manifestação.