A vereadora eleita Samanda Alves (PT), que alcançou uma vaga na Câmara Municipal de Natal (CMN) com 5.189 votos no último dia 6 de outubro, criticou a falta de discussões propositivas sobre os problemas de Natal. Na avaliação dela, temas relevantes como a licitação do transporte público estão perdendo espaço nas discussões nos últimos dias. A informação foi repassada durante entrevista ao Ligado nas Cidades, da Jovem Pan News Natal, no fim da manhã desta quarta-feira (23).

Na oportunidade, a vereadora reiterou o apoio à candidata Natália Bonavides (PT) no segundo turno das eleições em Natal. Ela esclarece ser provável, caso Bonavides seja eleita, que assuma a vaga como deputada federal na Câmara como 1º suplente. Assim, destaca, na prática a população de Natal estaria elegendo três mulheres. Isso porque Júlia Arruda (PCdoB), que alcançou 5.180 votos nas eleições, assumiria sua posição na CMN.

Samanda lembrou, contudo, que ela não se elegeu sozinha e tem planos para o poder legislativo em Natal. Entre eles, levantar como principal bandeira do mandato projetos voltados à melhoria da vida das mulheres, incluindo a garantia de vagas nas creches. Aliado a isso, a partir das visitas que realizou pela capital, observa que a licitação do transporte público é uma pauta prioritária e precisa ser efetivada a partir do diálogo. “Nos últimos dias, tem sumido da imprensa um debate propositivo sobre os problemas reais de Natal”, disse.

Questionada sobre seu posicionamento em relação ao subsídio para o serviço de transporte, disse não ser contra caso o debate demonstre que o apoio seja necessário. “A concessão pública precisa ser boa para todo mundo. Não pode só um lado ganhar. É preciso realizar um diálogo sério destacando, [por exemplo], que é justo que o empresário tenha seu lucro, é justo que o trabalhador tenha seu data-base respeitado e é justo que a população não fique em uma parada de ônibus por horas e saiba, por algum acaso, que a linha foi retirada”, ressalta.

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Embora não seja contrária às parcerias público-privadas, a vereadora eleita afirma que teria tido a mesma postura crítica dos vereadores de sua sigla em relação à concessão do Complexo Turístico da Redinha. Isso porque, segundo ela, faltou transparência no debate sobre a efetivação do projeto. Por conta disso, reitera, os diálogos junto a população vão entrar como uma das principais cobranças de seu mandato na Câmara.

Para as discussões junto aos vereadores de Natal em 2025, incluindo os de oposição, Samanda Alves afirma que a expectativa é que os embates aconteçam de forma propositiva. Na avaliação dela, independente de ideologias opostas, é preciso que os representantes da população no legislativo não esqueçam as demandas reais da cidade.

Confira entrevista completa na Jovem Pan News Natal: