PF apreende mais de R$90 mil em operação contra venda ilegal de armas e munições

PF apreende mais de R$90 mil em operação contra venda ilegal de armas e munições
Publicado em 23/10/2024 às 14:14

Dinheiro foi apreendido em uma das residências dos investigados (Foto: Ascom/PF)

Em uma das residências onde foram realizadas busca e apreensão, a Polícia Federal apreendeu cerca de R$91 mil, em decorrência de investigações contra a venda ilegal de armas de fogo e munições. Na manhã desta quarta-feira, 23, foram cumpridos 16 mandados, sendo dois deles nas casas do Comandante Geral da Polícia Militar de Roraima, Miramilton Goiano, e do deputado estadual Rárison Barbosa (PMB).

As investigações são desdobramentos da Operação Alésia, deflagrada em 2020, que visava desarticular organização criminosa instalada na estrutura da Secretaria Estadual de Justiça e da Cidadania de Roraima (Sejuc), integrada majoritariamente por servidores do próprio órgão, investigados por crimes como organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, peculato, corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro.

Durante as investigações, a PF identificou uma intensa negociação de munições e armamentos pelos suspeitos, em desacordo com as determinações legais e regulamentares.

A operação é conjunta com a 1ª Promotoria e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público de Roraima (MPRR). O MPRR informou que após o fim das diligências desta quarta-feira e a conclusão das investigações, irá ajuizar possíveis denúncias contra os investigados.

O Governo do Estado, o próprio comandante geral e o deputado estadual se pronunciaram sobre a operação após questionamento da Folha.

O Governo informou que abrirá um processo administrativo disciplinar contra todos os envolvidos e que não compactua com ações que firam os princípios éticos da Segurança Pública.

Já o Comandante Geral da PMRR, divulgou uma nota em que nega envolvimento com a venda ilegal de armas e munições no Estado. Por sua vez, o deputado estadual Rárison Barbosa (PMB), disse que foi surpreendido ao saber que seu nome está vinculado a investigação e que irá contribuir com as autoridades.

O MPRR afirmou ainda, que todo o processo corre sob sigilo.