MANCHETES POLICIAIS
Exclusivo: saiba quem está por trás da fuga histórica em Mossoró-RN
Fuga de Deibson Cabral e Rogério da Silva foi a primeira em prisão de segurança máxima federal do país. Buscas chegaram ao 24º dia
Por Mirelle Pinheiro Carlos Carone
atualizado 08/03/2024 17:42
Buscas As buscas aos dois presos completaram 24 dias nesta sexta-feira (8/3). Para integrantes das forças de segurança pública, a dupla continua na região, próximo ao presídio, entre as cidades de Mossoró e Baraúna, a cerca de 35 quilômetros uma da outra.
Informações obtidas com exclusividade pela coluna Na Mira apontam que um líder do Comando Vermelho (CV) em Baraúna (RN) foi responsável por montar uma rede de apoio e ajudar Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça na fuga. A dupla de criminosos é procurada por um forte efetivo de segurança desde 14 de fevereiro, quando escapou da Penitenciária Federal de Mossoró (RN).
João Carlos de Almeida Bezerra (foto em destaque), conhecido como JC ou Dog, teria demandado ao braço direito – José Gustavo Farias, o Gugu – que prestasse apoio aos foragidos.
À polícia um casal que abrigou os fugitivos por oito dias confirmou que Gugu pagou R$ 5 mil para que eles fornecessem roupas, abrigo e alimentação a Deibson e Rogério. Os moradores do imóvel onde a dupla ficou disseram que cederam aos pedidos devido às ameaças. Contudo, o dono da casa, identificado como o mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, acabou preso.
Uma das camisetas compradas pelo casal era vermelha, mesma cor que um dos fugitivos usava, segundo moradores que alegaram ter visto a dupla no último domingo (3/3).
No domingo (3/3), os fugitivos invadiram uma propriedade na zona rural de Baraúna e agrediram um agricultor que estava sozinho no local.
As apurações revelaram que o casal fez a compra na manhã de sábado (17/2) e entregou as peças no mesmo dia ao mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, dono do sítio em Baraúna onde os fugitivos se esconderam por quase uma semana.
Fontes explicaram à reportagem que o grande número de operações deflagradas na região despertou a ira do crime organizado, que decidiu abandonar a dupla. Os dois seguem na tentativa de sobreviver por meio do furto de alimentos, enquanto se escondem em cavernas nas proximidades do Parque Nacional da Furna Feia.
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