Nabor Júnior: a trajetória mais brilhante da política acreana – ac24horas.com

Nabor Júnior: a trajetória mais brilhante da política acreana – ac24horas.com
Publicado em 08/11/2024 às 9:12

NÃO poderia deixar de abrir o BLOG, sem registrar a trajetória daquele que continua sendo o político mais vencedor do Acre: ex-senador Nabor Júnior, que completou ontem seus 94 anos. Nenhum político na história do Acre foi tão vencedor de eleições como o Nabor. Foi deputado estadual, deputado federal, senador e governador. O fato que considero mais marcante na sua vida política foi ter vencido a primeira eleição depois da ditadura militar, quando disputou e venceu o candidato da ditadura e da ARENA, Jorge Kalume (PDS); numa eleição que era tido como derrotado. O MDB tinha vários grupos: do Fleming, do Ruy Lino, dos Melos, a Tendência Popular (à esquerda do partido), mas Nabor não integrava nenhum deles, seu grupo era o MDB. Estava acima de todas as correntes, era a última palavra do partido. Era o sábio político do MDB. Não se conhece outro político mais longevo: teve 40 anos de mandato. E sem uma nódoa a marcar o seu currículo. Nabor deixou a política após sua derrota para o Senado, depois de uma campanha covarde, suja, movida pelos chamados “meninos do PT” – que tinham chegado ao poder. Depois deste massacre moral montado em mentiras, ele foi para a aposentadoria, entrando no rol do maior dos políticos acreanos que já passaram pelo Acre. Ninguém teve mais mandatos do que ele. Aos 94 anos, lúcido. Nabor Júnior é uma memória viva da política acreana, passando pelos tempos da ditadura até a chegada das eleições livres para governador. Na ditadura militar, todos os governadores eram nomeados. Eram os chamados “biônicos”. Os mandatos de Nabor foram conseguidos no voto popular. Nabor Júnior virou hoje não um símbolo do MDB, mas um símbolo da política limpa, do caráter e da honestidade. E assim entrará na história do estado.

UMA HISTÓRIA DE HUMOR

JÁ que abri o BLOG com o Nabor Júnior, vou contar uma história me revelada pelo ex-deputado federal Osmir Lima, que aconteceu quando Nabor era governador. Em nome do MDB, os deputados federais da ala da velha guarda; Geraldo Fleming e Ruy Lino, pediram uma reunião da executiva regional, para apresentar protestos contra a nomeação de secretários que não tinham relação com o partido, indicados pelo grupo da esquerda da sigla, a Tendência Popular. Depois de ouvir as reclamações, na sua sabedoria, Nabor proferiu sua decisão: “Não tem problema, vou demitir todos os secretários e outros cargos de confiança de indicações políticas”. Silêncio geral. Como a medida atingiria todos os grupos do partido, a ala da velha guarda que fez a reclamação, resolveu retirar o pedido das demissões. E ficou dito pelo não dito. Isso mostra como Nabor Júnior, era uma figura acima das correntes do MDB.

VOCAÇÃO PARA MÁRTIR

HÁ entre os cabeças brancas do MDB, um grupo que defende que o ex-prefeito Marcus Alexandre seja candidato a senador ou a governador em 2026. Se aceitar a missão, fica comprovada sua vocação para mártir.

MOEDA QUE VALE

A moeda que vale em Brasília é ter deputados federais, é isso que os cabeças brancas do partido devem colocar como prioridade. Sem parlamentares federais, não há como conseguir recursos amplos para uma eleição.

ALIANÇA CERTA

O REPUBLICANOS vai apoiar a candidatura ao governo do senador Alan Rick (UB). É o que garante o deputado federal Roberto Duarte (REPUBLICANOS), que ainda deve trabalhar para ter o MDB nesta aliança. É importante para a candidatura do Alan ter o maior número de partidos no seu entorno.

NÃO VEJO

Há quem veja a hipótese da vice-governadora Mailza Assis não assumir o governo em 2026. Não vejo por este prisma: acho que será candidata a governadora, por o cenário confortável do partido lhe permitir almejar o cargo.

BELA CONQUISTA

O MDB sonha com a filiação da deputada Michelle Melo (PDT) no partido, para ser candidata à reeleição ou ao mandato que bem entender. Caso o MDB consiga o intento, marcará um belo tento político.

VAI DE JOABE

A fonte é boa, o candidato do colete do prefeito Tião Bocalom para presidir a Câmara Municipal, é o vereador eleito Joabe Lira (UB). É infantil se pensar que o Boca vai assistir essa disputa sem interferir no processo.

BEM AQUINHOADO

Segundo esta fonte do BLOG, o prefeito Tião Bocalom acha que o PP já está com um bom espaço tendo o Alysson Bestene como vice. Por isso o seu candidato não é o vereador Samir Bestene (PP), mas sim o Joabe Lira (UB).

SITUAÇÕES DIFERENTES

A eleição do Delegado Railson Ferreira para a prefeitura de Feijó, derrotando os clãs dos caciques do município, foi um dos destaques da eleição municipal. A saber agora se conseguirá ser um bom gestor. Ser bom de voto e ser bom administrador, são situações completamente diferentes.

NA DEMOCRACIA É ASSIM

O presidente do EUA, Joe Biden, ligou para o presidente eleito Trump, no reconhecimento pela sua vitória e dizer que eleição foi justa. O mesmo fez a adversária derrotada Kamala Harris. Assim agem os democratas. Eleição se ganha e se perde, e a vida continua. A cena não aconteceu no Brasil com a vitória do Lula.

NÃO HÁ O QUE CONTESTAR

Goste-se ou não do Trump, tem que se aceitar que conquistou uma vitória esmagadora, ganhando no colégio eleitoral e no voto popular. Não concordar com suas ideias radicais, é outra coisa.

ACERTOU NA ESCOLHA

Foram várias as tentativas de ter um secretário que entregasse pautas positivas na secretaria de Saúde. Mas, pelo que se tem ouvido, o governador Gladson Cameli acertou na escolha do médico Pedro Pascoal para comandar a pasta. Só que ninguém agrada todo mundo na administração de um sistema complexo, como o da Saúde.

SEM NOMES

Pode até almejar, mas não foco em nenhum nome do PT para disputar o governo do estado em 2026, com boa chance de vitória. Deve focar na candidatura do Jorge Viana para o Senado.

É O CENÁRIO

A declaração do ex-senador Nabor Júnior (MDB) ao ac24horas de que vê o governador Gladson Cameli como forte candidato a senador, retrata a realidade do cenário político do estado.

FRASE MARCANTE

“A consciência é, simultaneamente, testemunha, fiscal e juiz”. Martinez de la Rosa.