Líder do futuro prefeito, Aldo Clemente prevê mínimo de 20 vereadores na bancada de situação
Já confirmado como líder do futuro prefeito, deputado federal Paulinho Freire (União Brasil), na Câmara Municipal de Natal, o vereador Aldo Clemente (PSDB), informou que não se conversou sobre o tema durante o período da campanha eleitoral, o que só veio a ocorrer “depois do 2º turno”.
Aldo Clemente explicou que sua atuação à frente de uma bancada de pelo menos 2/3 da Casa, deve facilitar o seu trabalho: “Vamos ter uma bancada de no mínimo 20 vereadores”. Reeleito para o segundo mandato com 5.113 votos, Aldo Clemente defende o diálogo do futuro prefeito com o governo do Estado, “até porque a campanha já acabou, agora tem que pensar em Natal, sendo a capital do Estado”.
Durante seu primeiro mandato, Clemente encaminhou 23 projetos de lei na Câmara Municipal de Natal (CMN), sendo que pelo menos 12 já se transformaram em lei. Além disso, Clemente integra o grupo de quatro vereadores que participam da equipe de transição, ao lado dos vereadores Raniere Barbosa e Felipe Alves, que não se reelegeram, mas são cotados para assumir pastas na gestão do prefeito eleito Paulinho Freire, assim como a vereadora Nina Souza, todos do União Brasil.
Como o senhor avalia essa deferência do novo prefeito pelo seu nome para líder dele na Câmara Municipal?
Acho que pela correção do meu mandato, da minha palavra, do meu compromisso com o grupo, da minha articulação, eu acho, e de ter feito um mandato já tão próximo dos vereadores, acho que é devido a isso tudo, meu histórico e proximidade com ele, de conhecer um pouco o trabalho da Câmara e também da minha amizade com ele. O líder do governo é uma função de confiança do prefeito, então, é um convite pessoal, é um convite de uma pessoa de confiança e eu fico muito agradecido e honrado por esse convite, fazer parte de uma gestão que eu ajudei, que eu contribuí para chegar lá e agora fazer parte da liderança do governo, que é um cargo muito importante, que tem um papel fundamental nessa articulação executiva com a Câmara Municipal.
O fato do prefeito eleito Paulinho Freire contar com o apoio de praticamente 2/3 da composição da Câmara a partir de 1º de janeiro, isso facilita esse trabalho para o líder dele na Casa?
Paulinho é muito é agregador, é articulado e com certeza essa maioria de vereadores vai facilitar o nosso trabalho de interlocução, de encaminhamento dos projetos e de entregar a Natal com certeza nesses próximos anos, uma melhor gestão a gestão, que tenha a cara realmente Paulinho Freire. Mas a conta da bancada da situação, a gente está contabilizando, o novo prefeito ainda está em articulação, mas deve ser uma bancada considerável. Vamos ter uma bancada de no mínimo 20 vereadores.
Mesmo sendo uma bancada de seis vereadores, como é que vai ser a interlocução com a de oposição?
Vamos sempre procurar o diálogo. O primeiro passo de qualquer político, de qualquer liderança é procurar o diálogo com as bancadas, tanto de situação como de oposição. vamos respeitar as opiniões, as divergências, mas quando não tiver acordo, ganha quem tiver o voto.
Qual análise o senhor faz da possibilidade de nomes atuais ou da nova Câmara compor o secretariado?
Importante, porque nós temos na Câmara Municipal de Natal nomes com capacidade de atender muito bem o cargo de secretário municipal. O vereador é conhecedor dos problemas da cidade e podem contribuir muito com a gestão de Paulinho Freire.
Fala-se muito sobre a possibilidade de os vereadores Felipe Alves e Raniere Barbosa (União), que não foram reeleitos, mas que integram a equipe de transição, assumirem cargos no secretariado?
Só quem pode falar isso é o prefeito Paulinho Freire, não é obrigatório, segundo ele mesmo já declarou, quem faz parte da equipe de transição, fazer parte do secretariado.
O que o senhor acha que vão nortear os primeiros 100 dias de governo do novo prefeito?
A equipe de transição foi formada. Vai começar agora a se reunir. E, eu acredito que após esse diagnóstico é que o prefeito eleito Paulinho Freire, junto com a vice-prefeita Joanna Guerra, darão um norte para esses 100 dias de gestão.
A Câmara vai votar a lei orçamentária do município, que foi elaborada na gestão do atual prefeito Álvaro Dias (Republicanos), o senhor acha que pode ter alguma mudança?
Ela pode ter alguns ajustes, claro, já em decorrência da nova gestão que vai ocorrer agora em Natal a partir de 1º de janeiro. A peça foi construída por uma gestão parceira, apoiadora, mas tem que passar também, na minha visão, pelo novo prefeito, até porque estamos numa transição de governo.
Como o senhor avalia o fato do prefeito eleito ter escolhido um líder de um partido aliado, como o PSDB, em detrimento de um vereador do seu partido, União Brasil, que será a maior bancada da Câmara?
Isso mostra a democracia dentro da gestão de Paulinho Freire. Mostra a pluralidade que ele adotou tanto na pré-campanha como na campanha e agora vai imprimir agora no seu mandato. Eu fico muito feliz mesmo não fazendo parte do partido do prefeito Paulinho, mas eu faço parte do partido que apoiou, que declarou, que foi o primeiro partido que anunciou realmente apoio a Paulinho para prefeito de Natal.
O senhor acompanhou a gestão de Paulinho Freire na presidência da Câmara, isso também foi fator decisivo pra que aceitasse ser o líder dele na Casa?
Paulinho é muito correto, conheço-o de perto, probo, ético e zeloso pela coisa pública. Então, Paulinho Freire facilita esse trabalho e não tenho dúvida que Natal vai ter um grande gestor, um grande prefeito, um grande político e conta com nosso apoio.
Dentro das propostas que apresentou na campanha, o que o senhor acha que Paulinho deve mais atacar?
Ele vai fazer uma gestão voltada para a geração de emprego e renda, em todas as áreas do governo. Vai fazer com que os serviços públicos funcionem e que cheguem na ponta, na população. Eu acho que a meta inicial dele é geração de emprego, geração de renda, foco no turismo e que os serviços públicos realmente funcionem perfeitamente.
Como o senhor acha que vai ser a relação do novo prefeito com o governo do Estado?
Ele vai procurar o governo do Estado. Até porque a campanha já acabou, agora tem que pensar em Natal é a capital do Rio Grande do Norte e o diálogo deve acontecer e vai acontecer, com certeza.
Qual o balanço que o senhor faz do primeiro mandato?
Considero como exitoso e de vários projetos nas áreas de habitação, entrega de escrituras através do nosso mandato, através das emendas impositivas, na área do turismo, na área de emprego e renda. O Plano Diretor, que eu tive o prazer e a honra de presidir a Comissão Especial, o Plano Diretor ele é o maior instrumento urbanístico de Natal. Então está sendo gerado em Natal nos últimos dois anos já em torno de 15 mil empregos diretos, fora os indiretos, e o investimento é de mais de 3 bilhões de reais. Então o nosso mandato considero que foi exitoso. Eu espero que agora nesse segundo mandato façamos também um trabalho diferente e que entregamos à população de Natal um mandato participativo.
Já no primeiro mandato foi uma grande responsabilidade presidir a Comissão Especial do Plano Diretor?
Pois é, um Plano Diretor que teve mais de 11 audiências públicas, várias contribuições da sociedade civil, dos órgãos de controle, e nós conseguimos entregar a Natal na Comissão mais importante, que eu considero dos últimos 15, dos próximos 20 anos aqui de Natal, porque a cidade vai crescer agora de forma organizada, com investimento, desenvolvimento, gerando emprego e gerando renda.
E de iniciativa mesmo do vereador, que projeto de lei apresentado e aprovado na Câmara, o senhor também considera importante?
Sou autor de algumas leis, por exemplo, a lei que trata dos pacientes fissurados em Natal. Isso é uma classe da sociedade esquecida, que são pacientes que nascem com a fissura labial e do palato que não tinha nenhum apoio, Então, nós somos autores dessa lei que cria a semana, que cria um cadastro e também sou autor da lei que criou os pólos gastronômicos da capital. O pólo gastronômico do Tirol, de Petrópolis, o da Zona Sul. Natal precisa ter agora um direcionamento para área do turismo. Natal só tem uma grande indústria, que é a do turismo. Então, ela tem que ter um tratamento diferenciado e nosso mandato cuidou e vai cuidar muito mais do turismo em Natal.