Seminário sobre cuidados de enfermagem em HIV/Aids ocorre na UFRN sexta-feira

Seminário sobre cuidados de enfermagem em HIV/Aids ocorre na UFRN sexta-feira
Publicado em 27/11/2024 às 19:53

O Grupo de Estudos e Pesquisa em Enfermagem Baseada em Evidências (Gepebe), do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRN), vai fazer o evento “Seminário Saúde sem Estigma: Inovações e Tendências do Cuidado de Enfermagem em HIV/Aids”, nesta sexta-feira (29). O seminário acontecerá no auditório do Departamento de Enfermagem, no Campus Central da UFRN, com início às 10h. As inscrições podem ser feitas até o dia 26, por meio do Sigeventos.

O evento tem como público-alvo estudantes e profissionais da área, tanto internos quanto externos à UFRN. Seu principal objetivo é conscientizar sobre os prejuízos causados pelo estigma em relação ao HIV/Aids e seu impacto no tratamento precoce da doença.

A pesquisadora do Gepebe, Luzia Cibele, destacou que as palestras têm o intuito de alertar sobre um ponto crucial: o diagnóstico de HIV não é uma sentença de morte.

“De 2012 a 2022, no Rio Grande do Norte, foram registrados 7.950 casos de infecção pelo HIV e 1.447 óbitos por Aids. Nesse período de dez anos, observamos um aumento de 25,6% nos casos de Aids. Isso reflete uma população que se infecta e não recebe tratamento”, explicou a pesquisadora.

Além de desmistificar a doença e os pacientes que a contraem, o Grupo de Estudos pensou no evento como uma ação pedagógica e educativa para toda a população.

“Quando analisamos os dados epidemiológicos e percebemos que a população ainda está se infectando, principalmente jovens entre 15 e 24 anos, que estão na Universidade, decidimos realizar o evento para aproximar tanto os profissionais quanto os jovens desse tema”, afirmou.

Indetectável

O tratamento para o HIV evoluiu consideravelmente desde sua descoberta na década de 1980. Pacientes soropositivos que seguem o tratamento adequadamente podem alcançar o status de indetectável. Isso significa que, com o tratamento correto, eles não conseguem transmitir o vírus por meio de relações sexuais e podem viver uma vida normal.

“Há pessoas que vivem com HIV e têm relacionamentos com parceiros que não são soropositivos. Esses casais usam preservativos, além do PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e PEP (Profilaxia Pós-Exposição). Existem também os casais sorodiscordantes, em que um parceiro vive com HIV e o outro não”, explicou a pesquisadora.