Curso do IMD abre para curso de inclusão digital de idosos em Natal
O Instituto Metrópole Digital (IMD), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), inicia em abril novas turmas do Projeto de Extensão Inclusão Digital para Idosos (ProEIDI), iniciativa voltada à alfabetização digital de pessoas com 60 anos ou mais. Serão oferecidas 76 vagas, com inscrições presenciais marcadas para o dia 5 de abril, a partir das 8h, na sede do Instituto. As vagas são destinadas tanto ao público interno quanto externo à universidade, com preenchimento por ordem de chegada.
Coordenado pela professora Isabel Nunes, o ProEIDI nasceu de uma iniciativa estudantil durante uma disciplina do primeiro período do curso de Tecnologia da Informação. “Duas alunas propuseram o projeto na disciplina TI e Sociedade. Depois que a disciplina acabou, a gente viu que não era um projeto para ficar dentro da sala de aula, mas para sair para a comunidade”, explicou Isabel. A primeira turma contou com apenas 16 alunos, mas o projeto cresceu a ponto de se consolidar como uma das ações de extensão mais longevas do IMD, desde 2016.
Para garantir a inscrição, é necessário apresentar um documento oficial com foto. Os cursos ofertados são Computação Básica, com 28 vagas, e Smartphone Básico, com 48. As aulas de Computação Básica abordarão temas como introdução ao uso do computador, manuseio de teclado e mouse, criação e organização de arquivos, navegação na internet, uso de e-mail e ferramentas. Já o curso de Smartphone Básico será focado no uso de funcionalidades como agenda, ligações, configurações, leitura de QR Code e operação de aplicativos. Os conteúdos serão distribuídos em turmas aos sábados, por nove encontros consecutivos.
Mais do que um curso livre, a coordenadora ressalta que o projeto tem resultado direto na qualidade de vida e na autonomia dos idosos participantes. “A tecnologia impacta todas as vertentes da vida. Desde quem quer assistir a um show no YouTube até quem precisa trabalhar. Tivemos casos de idosos que voltaram ao mercado de trabalho depois do curso, como um garçom que havia sido demitido por não saber usar uma comanda eletrônica no celular”, contou Isabel. Ela destaca ainda exemplos de alunos que, após concluírem os cursos, se sentiram encorajados a voltar à universidade ou iniciar especializações.
No início, as demandas estavam mais centradas no aprendizado de funções básicas, como o uso do WhatsApp. Hoje, os cursos do ProEIDI já oferecem conteúdos como pensamento computacional e introdução à programação. “Tivemos alunos que tiveram AVC e, após participarem do curso, apresentaram melhora segundo relatos médicos”, afirmou. O corpo de monitores, que soma cerca de 50 alunos de graduação, é composto por voluntários ou bolsistas que atuam diretamente com os idosos durante os encontros e possibilitam a troca de experiências entre gerações.
Durante o ato de inscrição, o IMD também convida os idosos a levarem equipamentos eletroeletrônicos em desuso, como cabos, pilhas, computadores, monitores e baterias, para descarte adequado. A sede do Instituto fica localizada na Avenida Capitão-Mor Gouveia, s/n, entre a residência universitária e a CAERN.