A PCRR ( Polícia Civil de Roraima), por meio da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), prendeu nesta quinta-feira, 22, o mecânico E.C.S., de 51 anos, em cumprimento a um mandado de prisão, por sentença condenatória transitada em julgado, por crime de estupro, contra uma adolescente.

O mandado de prisão foi cumprido em sua residência, localizada no bairro Caimbé, zona Oeste de Boa Vista. A ação está inserida no âmbito da Operação Caminhos Seguros, lançada pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública).

De acordo com a delegada titular da DPCA, Jaira Farias, o crime ocorreu no dia 07 de junho de 2017 quando a vítima, que é sobrinha da esposa do acusado, tinha 17 anos na época.

A delegada Jaira Farias relatou que, no dia do crime, a vítima estava em sua residência, onde morava com sua avó, e ainda dormia quando o acusado, aproveitando-se da situação, invadiu seu quarto.

“Ele entrou sem fazer barulho, o que demonstra a intenção premeditada de praticar o ato criminoso. A vítima acordou com o acusado se aproximando e, ao perceber a situação, pediu para que parasse, mas ele ignorou seus apelos e prosseguiu com as investidas. A ação foi interrompida apenas quando o acusado ouviu um barulho no portão, o que o levou a fugir do local, deixando a menor em estado de choque e medo”, explicou a delegada.

“Após o ocorrido, a vítima buscou apoio, mas enfrentou dificuldades para relatar o que havia acontecido, em parte devido ao trauma e ao vínculo familiar com o agressor, que era esposo de sua tia”, continuou a delegada.

Jaira Farias enfatizou que a coragem da vítima em denunciar o crime foi fundamental para que as investigações avançassem e levassem à condenação do acusado.

“Nosso trabalho é garantir que essas vozes sejam ouvidas e que as vítimas recebam o suporte necessário para superar esses traumas, enquanto asseguramos que os culpados sejam levados à Justiça”, concluiu.

De acordo com a delegada, após a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o caso foi conduzido pela DPCA, que coletou provas e depoimentos que corroboraram a culpabilidade do acusado.

“O cumprimento do mandado de prisão reflete o trabalho contínuo da Polícia Civil na luta contra a impunidade e na defesa dos direitos das crianças e adolescentes” .

O homem foi condenado à pena inicial de 17 anos, 10 meses e 27 dias de reclusão. Ele recorreu da sentença e a Justiça deu provimento ao recurso, estabelecendo a pena em nove anos de reclusão.

O preso foi encaminhado para a Audiência de Custódia.