Paris se despede e passa o “bastão” para Los Angeles
Os Jogos Olímpicos de Paris chegam ao fim neste domingo (11), às 15h (Brasília). A Cerimônia de Encerramento está sendo montada em um palco de 2.800 m² no espaço fechado do Stade de France. Para o encerramento, o diretor artístico francês Thomas Jolly, responsável também pela abertura do megaevento, promete trazer uma jornada ao passado, às origens dos Jogos, mas também ao futuro com um show intitulado “Records”.
Os ingressos para assistir diretamente do Stade de France em Paris podem variar entre 1.600,00 euros (cerca de R$ 10.200,00) no setor mais próximo do palco e 45,00 euros (cerca de R$ 290,00) no setor mais afastado.
A surpresa mais aguardada é a presença do astro da Hollywood, o ator americano Tom Cruise. De acordo com o TMZ, o artista participará da cerimônia de encerramento de Paris 2024. E não só isso, mas o plano é que Tom Cruise desça de rapel do topo do Stade de France, pousando no gramado do estádio e carregando a bandeira olímpica internacional.
Depois disso, a transmissão deve cortar para um filme gravado anteriormente, com o ator em um avião com a bandeira olímpica da França rumo a Los Angeles 2028, sede dos próximos Jogos, onde ele salta de paraquedas até o letreiro de Hollywood. Caso seja confirmada, a participação do ator na cerimônia de encerramento será épica. Tom Cruise seria o responsável por fazer a “passagem” da bandeira de Paris para Los Angeles.
O Stade de France será ocupado por mais de 100 artistas, dançarinos e circenses, que estarão ao lado de artistas famosos. Duas bandas francesas vencedoras do Grammy já estão confirmadas: Phoenix e a dupla eletrônica AIR.
Thierry Reboul, o diretor de cerimônias de Paris-2024, conversou com a imprensa oficial sobre as expectativas para a festa de encerramento. De acordo com o francês, o evento será uma “onda de alegria”.
“Na abertura tivemos que marcar o tom. Na cerimônia de encerramento, temos que manter o ímpeto e terminar com o mesmo espírito destes Jogos Olímpicos, nesta onda de alegria que nos cerca”, disse.
Rebeca foi a grande destaque do Brasil
A competição ficou marcada, para os brasileiros, pela bela participação das mulheres, com destaque para Rebeca Andrade, a rainha olímpica do País. Maior medalhista do Brasil na história dos Jogos Olímpicos, Rebeca Andrade já tem seu nome escrito na história do esporte do País desde Tóquio, quando conquistou suas duas primeiras. Na Olimpíada de Paris-2024, a ginasta levou mais quatro pódios, sendo um ouro, duas pratas e um bronze.
As conquistas de Rebeca são relevantes para ela não só pela importância esportiva no cenário mundial, mas também financeiramente. Assim como as outras federações do Comitê Olímpico Internacional (COI), o Comitê Olímpico do Brasil (COB) premia seus atletas com dinheiro a cada conquista de medalha.
Na edição de Paris, o COB informou que pagaria prêmio máximo de R$ 350 mil para as provas individuais e de R$ 700 mil para provas em equipe (composta de dois a seis atletas), dividido entre os competidores. Assim cada medalha de ouro individual tem premiação de R$ 350 mil. A prata vai render R$ 210 mil e o bronze, R$ 140 mil.
Rebeca Andrade, por ter levado um ouro no solo, duas pratas (salto e individual geral) e um bronze (por equipes), totaliza uma premiação máxima de R$ 826 mil.
CURIOSIDADES DE PARIS 2024
Novo recordista
A Olimpíada de Paris-2024 foi palco de algo histórico no wrestling. O cubano Mijaín López se tornou o primeiro atleta a se sagrar campeão olímpico em cinco edições consecutivas dos Jogos Olímpicos, nesta terça-feira, ao derrotar na final da categoria acima dos 130 quilos o chileno Yasmani Acosta por 6 a 0. López, de 41 anos, que também é pentacampeão mundial, repetiu os feitos de Pequim-2008, Londres-2012, Rio-2016 e de Tóquio, Olimpíada disputada em 2021. Com isso, a lenda cubana superou seis estrelas que conseguiram o ouro em quatro olimpíadas seguidas: os americanos Michael Phelps, Carl Lewis, Al Oerter e Katie Ledecky, o dinamarquês Paul Elvstrom e o japonês Icho Kaori.
Isaquias Queiroz brilha
A grande arrancada na decisão do C1 1000m nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, subindo do quinto lugar para a medalha de prata serviu de superação e alívio para Isaquias Queiroz. Esperança de pódio brasileira, o canoísta chegou pressionado à França, vinha da frustração pelo último lugar no C2 500m e não escondeu que também teve de superar decepções e problemas psicológicos para subir ao pódio pela quinta vez e poder homenagear o filho.
Muitos atletas de alta performance vêm sofrendo para manter a cabeça boa antes de competições importantes como a Olimpíada e com Isaquias não foi diferente. “Sensação de alívio, de felicidade. 2023 foi muito especial para mim, percebi o que é não ser campeão mundial (terminou em sexto), o que é ser humano, ter problemas mentais e psicológicos”, desabafou. Isaquias igualou Torben Grael e Robert Scheidt com cinco medalhas, os maiores entre os homens.
O bom de jogar em casa
EUA, China, Austrália e… França. O quadro de medalhas da Olimpíada de Paris tem um novo país entre os primeiros colocados do ranking. O sucesso do país-sede, por sua vez, é comum nas últimas edições dos Jogos. A questão é o sucesso esportivo da França em 2024, que obteve um aumento de 60% no número de medalhas conquistadas até agora. A marca é o superior ao que a China obteve em 2008, quando ficou à frente dos EUA em ouros.
A França é a quarta delegação que mais conquistou medalhas em Paris, com 54. Teddy Riner, um dos que acendeu a pira olímpica neste ano, é a referência nessa campanha francesa, com duas medalhas de ouro no judô (individual e por equipes). Em Tóquio, em 2021, terminou com 33 pódios. Isso acontece em todas as últimas Olimpíadas, desde Sydney-2000.