Preço médio da gasolina em Natal é o segundo maior do País
Com a gasolina sendo apontada como a segunda mais cara do país, segundo uma pesquisa realizada pela Agência Nacional do Petróleo, que levantou preços em 17 postos de Natal, a capital potiguar vem registrando uma nova corrida em busca dos kits de gás natural. A pesquisa foi realizada no período de 4 a 10 de agosto e mostrou que os natalenses estão pagando, em média, R$ 6,63 pela gasolina comum.
O valor está abaixo apenas do encontrado em Manaus, onde os consumidores desembolsam R$ 6,68 pelo litro da gasolina comum. Quem depende do carro para sobreviver, como È o caso dos
motoristas de Uber, uma boa parte já voltou a usar o gás natural como combustível padrão.
A gasolina não é mais usada sequer para evitar o risco da pane seca nos veículo, onde a segunda preferência é pelo álcool. Miguel Zacarias, de 45 anos, que trabalha como Uber desde 2017, quando o serviço foi inaugurado no Brasil, contou que passou por todas as fases dos combustíveis e que foi obrigado a converter o seu veículo para o gás natural, pensando em ter uma margem de lucro maior.
“Comecei fazendo Uber com um carro 1.0, na época dava para levar, mas desde 2020 ficou inviável fazer o serviço de transporte com a gasolina. Desde então, eu adquiri um veículo com motor mais potente e uso o gás. Para que a gasolina voltasse a ser o combustível padrão para quem faz Uber, seria necessário que ela fosse vendida na casa dos R$ 4,00”, destacou.
Enchendo um cilindro de 17 metros cúbicos por dia e gastando em torno de R$ 70,00, Francisco Canindé Tomé, que está no ramo de transporte de pessoas há três meses, disse que consegue faturar em torno de R$ 1.300 por semana. Com um cilindro cheio, ele chega a rodar 180 Km
por dia e para logo quando consegue cumprir sua meta diária, que é de R$ 300.
Ivan Vieira é um daqueles que desejam distância da gasolina. Como Uber, o motorista disse que não quer saber de gasolina nem para ligar o carro. Ivan disse que costuma aproveitar a promoção promovida pelos postos, que vendem o metro cúbico de gás por R$ 4,98.
Já Alzamir da Costa, de 75 anos, disse que cansou de reclamar do preço dos combustíveis. Segundo o aposentado, falta uma política de governo para conter o avanço do preço dos
combustíveis. “Aqui no Brasil, nós não temos para onde correr. Já cansei de falar como cidadão e não ver nada mudar, então resolvi me calar. Enquanto tiver condições, vou pagando o preço que eles definirem, pois aqui é difícil até trocar o veículo a combustão por um elétrico. O preço deles aqui custa três ou quatro vezes mais que na Europa, onde já tive a oportunidade de morar alguns anos da minha vida”, ressaltou.