Aeroporto de Mossoró terá número de voos reduzidos em mais de 50%
Até outubro o Aeroporto Dix-Sept Rosado, em Mossoró, no Oeste potiguar, passa a operar com menos da metade dos voos semanais, após o o anúncio da Voepass, de suspender temporariamente as rotas para o equipamento, o terminal passa a contar com apenas sete voos por semana (um por dia), da companhia Azul. A Voepass, que mantinha dois voos diários quatro vezes por semana (oito no total), decidiu suspender, até 26 de outubro, as operações para Mossoró por causa da perda do turboélice ATR 72-500, que caiu em Vinhedo (SP), dia 9 deste mês.
Já em outubro, a quantidade de voos para o Dix-Sept Rosado deverá ser alterada mais uma vez. A Azul Linhas Aéreas divulgou que irá diminuir, no referido mês, a malha de sete para quatro voos semanais – as operações deixarão de ser diárias e serão realizadas às segundas, quartas, sextas e sábados. A empresa, que opera a rota Mossoró/Recife (PE), não revelou a data exata da redução. Segundo a companhia, a decisão faz “parte de um processo normal de ajuste de capacidade à demanda”.
Em nota, a Prefeitura de Mossoró disse avaliar “que a redução dos voos terá um impacto muito negativo para toda a região”. No texto, a gestão municipal disse que “cobra do Governo e de demais órgãos competentes responsáveis pelo aeroporto providências para atrair novas operações para o equipamento”. A reportagem procurou a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-RN) e a Infraero para saber dos impactos e se existe alguma medida com vistas à retomada de voos no terminal. A Setur não respondeu até o fechamento desta edição.
A Infraero não comentou sobre impactos, mas disse que “o aeroporto está apto para operar voos comerciais regulares, dentro da capacidade instalada”. Segundo a Infraero, “cabe às empresas aéreas a decisão pela implantação, quantidade de frequências e encerramento de uma linha aérea, de acordo com suas estratégias comerciais”.
O aeroporto de Mossoró passa por obras desde abril deste ano, com investimentos da ordem de R$ 40 milhões. Os serviços contemplam além do fomento da pista local, que interfere na capacidade de pouso e decolagem, com tráfego de aeronaves de maior porte, a construção do muro de contenção e segurança, em todo o perímetro do sítio aeroportuário, a instalação dos equipamentos chamados “papi”, que garantem a segurança aeronáutica para os voos nas cabeceiras das pistas; a pavimentação do estacionamento e serviços de iluminação. A Secretaria de Infraestrutura do Estado (SIN) explicou que os serviços são acompanhados pela pasta, mas de responsabilidade da Infraero.
A Infraero informou que os serviços de recapeamento da pista de pouso e decolagem, das pistas de taxi e do pátio de aeronaves de aviação geral, e aplicação de grooving na pista de pouso e decolagem, foram concluídos neste mês. Nessa fase, foram investidos R$ 29 milhões. Já a construção de muro patrimonial de concreto e via de serviço do sítio aeroportuário, tem previsão de conclusão em novembro deste ano. A Infraero informou que há outras obras em estudo, como a construção de estacionamento de veículos e vias de acesso, e a construção da seção contra incêndio.