Argentina vence Colômbia e conquista Copa América pela 16ª vez
Lionel Messi teve de sair de campo na metade do segundo tempo, por causa de um problema no tornozelo, e se derramou em lágrimas no banco de reservas, mas foi honrado pelos companheiros de seleção argentina, que bateram a Colômbia por 1 a 0 na prorrogação da final da Copa América, neste domingo. A vitória no Hard Rock Stadium, em Miami, trouxe aos argentinos o 16º título do torneio, o segundo na ‘era Messi’.
Em 2021, vencer a competição continental deu ao atacante sua primeira taça com a camisa albiceleste e deu força no caminho rumo à conquista da Copa do Mundo. Zerado no Mundial de 2022, e até alvo de piadas por causa disso, Lautaro Martínez foi o herói nesta Copa América, pois marcou o gol do triunfo sobre os colombianos, entrando apenas no tempo extra, e terminou o campeonato como artilheiro, com cinco gols.
Antes da festa argentina, um cenário caótico atrasou o jogo em quase uma hora e meia. Pessoas passando mal, outras derrubadas no chão e um bom número em confronto com a polícia. Foram essas as cenas vistas ao redor e nas entradas do Hard Rock Stadium antes da partida, como consequência da tentativa de invasão ao estádio feita por torcedores sem ingressos. De acordo com a organização, mais de mil tentaram invadir o local. Até o sistema de ventilação da arena foi utilizado como forma de tentar ter acesso a parte interna.
Quando o jogo começou, policiais percorriam as arquibancadas pedindo que os espectadores mostrassem seus ingressos. Em campo, alheios ao caos, os jogadores de ambas as seleções fizeram um primeiro tempo de pouca qualidade técnica.
No quesito entrega, os colombianos pareciam mais ligados que os argentinos, mas não o suficiente para elevar a temperatura da partida. O calor era marcado apenas nos termômetros da noite quente que fazia em Miami, um dos motivos que tornou ainda mais desagradável a experiência para a torcida.
Apesar da falta de intensidade, a Colômbia ao menos apresentou algumas qualidades e desenvolveu lances interessantes que passavam pelos pés de nomes como Richard Ríos, Jhon Arias, James Rodríguez e Santiago Arias, jogadores que atuam no futebol brasileiro por Palmeiras, Fluminense, São Paulo e Bahia, respectivamente. Do lado argentino, pouco se criou e ainda houve apreensão quando Messi caiu da linha de fundo, com dores, mas ele se levantou e continuou na partida.
A seleção colombiana mostrou-se mais aguda no início do primeiro tempo, levando perigo em lances com James e Davinson Sánchez, mas viu o jogo ficar mais equilibrado. Di María começou a aparecer mais no jogo e conseguiu criar algumas situações de perigo, como um chute cruzado defendido pelo goleiro Vargas.
A Argentina parecia mais pronta para construir um jogo ofensivo mais intenso, até que sofreu um grande baque. Messi foi ao chão de novo e desta vez não suportou as dores no tornozelo. Teve de ser substituído, caminhou ao banco mancando e, já sentando, derramou-se em lágrimas, levando as mãos ao rosto.
Substituto do oito vezes bola de ouro, Nicolás González mostrou personalidade e foi bastante participativo, embora tenha cometido alguns erros. Chegou a balançar a rede, porém impedido, e protagonizou lances ofensivos importantes. O que se via, contudo, era uma Argentina limitada, mesmo diante do fato de ter chegado aos minutos finais antes da prorrogação jogando ligeiramente melhor que os adversários.
No meio de muito cansaço, o primeiro tempo extra foi muito brigado e de mais espaço, com chances para ambos os lados. A melhor foi para os argentinos, uma finalização de González defendida por Vargas. No segundo tempo, brilhou a estrela de Lautaro Martínez, autor do gol do título.
Estadão Conteúdo