ARTIGO: PT, salve a esquerda. Por Marcus Aragão
Marcus Aragão
Sou de direita, mas acredito na alternância de poder. Entretanto, tenho me assustado com os desacertos cometidos pelas autoridades canhotas no Brasil e no mundo — alguns beiram a anarquia. É como se a esquerda estivesse num projeto kamikaze contra sua própria estrutura. Implosões ocorrem por toda parte. A direita deve começar a vencer por WO. É só assistir à autofagia progressista, como a imagem da cobra que se devora a partir do próprio rabo.
Exemplos não faltam. Onde já se viu descriminalizar o pequeno roubo, como fez a Califórnia? Pessoas e comércios sendo roubados enquanto a população assistia horrorizada. O resultado? Aumentou a criminalidade e o encarceramento. Um plebiscito derrubou essa famigerada lei com 70% de desaprovação.
Deixaram uma pessoa sem a menor condição de tomar banho sozinha governar a maior economia do mundo. Vergonha para Biden e para a esquerda!
Lula será o Biden brasileiro? Apesar de ser uma grande liderança, já não tem a mesma disposição e parece que perdeu o dedo no pulso do brasileiro. A esquerda terá que se reinventar. Quatro mil e quinhentas cidades elegeram prefeitos de centro e direita, contra apenas 752 de esquerda. O recado foi avassalador. Lula não tem substitutos porque nunca quis nenhum. Talvez, por receio de perder a coroa vermelha para algum talento, tratou de afastar todos e promoveu figuras como Dilma e Haddad.
Voltando, querer aumentar impostos e agora diminuir os dias de trabalho? Uma insanidade reduzir os dias trabalhados para quatro. Quer algo pior para a economia? Demissões? Desemprego? Alta dos preços?
Assim como Ulisses, na sua Odisseia, precisava resistir ao canto sedutor das sereias que o levariam à ruína, a esquerda também não pode cair na tentação de abraçar certas causas que, embora tenham apelo em nichos, podem acabar alienando o eleitorado mais amplo. Tem que resistir ao canto das sereias militantes. Sabemos que é difícil, mas utilizar cera nos ouvidos, como fez Ulisses, ainda pode funcionar bem.
No embate democrático, ter uma direita com uma esquerda mais consciente trará mais tranquilidade e desenvolvimento para o Brasil — com um debate menos polarizado e mais alinhado aos anseios do povo.
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