Cinco dicas para usar com inteligência o 13º salário
Muito aguardado no fim de ano, o 13º salário pode ser utilizado para planejar as finanças e proporcionar um início de ano mais tranquilo e estável aos brasileiros. Surge então a dúvida: como aproveitar esse recurso para melhorar minhas finanças? Na visão do especialista em consultoria empresarial, o professor de Administração do Centro Universitário de Brasília (Ceub), Max Bianchi, o mais prudente é pagar as contas, evitar investimentos de risco e entrar o ano com a saúde financeira em dia. Confira cinco dicas do especialista para o uso consciente do salário extra:
Quite as dívidas
A prioridade é quitar as dívidas, principalmente as de curto prazo. As aplicações financeiras e investimentos, por melhor que sejam, costumam remunerar abaixo dos valores que são pagos de juros e multas de empréstimos de curto e médio prazos. “Assim, as aplicações mais seguras dificilmente irão remunerar mais do que os juros desses empréstimos. Vale mais pagar dívidas do que aplicar o valor”, considera.
No caso de prestações e boletos, especialmente os atrasados, faturas de cartão de crédito e saldo devedor de contas especiais. “Em alguns casos, pode-se utilizar o dinheiro extra para negociar dívidas junto aos credores, que podem até oferecer um desconto para quitar ou pagar à vista”, recomenda.
Reserve parte do 13º para ajudar nas despesas de início de ano
No começo o ano, chega o momento de pagar impostos, como o IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) e o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. “Se você tiver filhos em idade escolar, é a hora de pagar a matrícula do colégio ou da faculdade, adquirir materiais escolares, uniformes e outros. O ideal é ter um extra para complementar estas despesas”, alerta.
O especialista lembra que adiantar alguns pagamentos de janeiro pode redundar em descontos nas escolas, prefeituras e órgãos públicos e privados. A medida é válida desde que haja descontos para adiantar esses pagamentos. Do contrário, pode-se aplicar o dinheiro em investimentos de curto prazo e ganhar um pouco antes de sacar para pagar.
Para quem precisa comprar presentes de final de ano, a dica é barganhar descontos pagando as compras à vista, recorrendo diretamente ao 13º salário. Essa recomendação é apenas para quem não tem dívidas a pagar: “Tal medida pode ser vantajosa, quando negociada com o gerente ou dono da loja para obter descontos, pagando por transferência, PIX ou dinheiro”, indica o professor.
Segundo o docente do Ceub, os lojistas preferem essa negociação, pois costumam pagar porcentagens dos valores que recebem às empresas de cartão de crédito nos pagamentos via débito ou crédito. Pagar à vista, além de permitir descontos, evita o endividamento com prestações para os próximos meses – que costumam pesar no orçamento.
Realize aplicações
Se o consumidor não estiver endividado, a dica de ouro é investir o dinheiro que sobrou. Para quem está começando e tem um perfil mais conservador, a melhor pedida são os fundos de renda fixa, onde os ganhos não são muito significativos, porém é mais difícil “perder dinheiro”. Nesses casos, o professor do Ceub explica que o valor aplicado é convertido em quotas e o valor unitário dessas vai variando. Normalmente, o investimento em fundos de renda fixa costuma galgar rendimentos superiores aos da poupança, e é necessário poupar por mais tempo.
Reforce ou crie uma reserva de emergência
Bianchi alerta para a importância de ter uma reserva para emergências ou, mesmo, ir guardando dinheiro para viagens ou aquisição de bens de valor mais alto, como a troca do carro. “Se puder dispor do dinheiro por mais tempo, sugere-se, além dos fundos de renda fixa, os investimentos em CDB (Certificados de Depósitos Bancários), LTN (Letras do Tesouro Nacional), aplicações em CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e outros, em que o rendimento tende a ser um pouco mais alto, porém em prazo mais longo”.
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