Deputados da CPI das Terras passaram a investigar uma testemunha com indícios de envolvimento em possível organização criminosa após depoimento na oitiva dessa segunda-feira (19).

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Trata-se de Jairo Mesquita de Lima, pecuarista e procurador de proprietários de terras para legalização de lotes.

No depoimento, Lima admitiu que presta serviços de regularização de milhares de hectares de terras sem declarar essa renda, o que caracteriza sonegação fiscal.

“Encaminharemos essas informações para que a Receita Federal tome as devidas providências”, assegurou o presidente da CPI, deputado Jorge Everton (União Brasil).

O colegiado da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) também apontou a ligação pessoal de Jairo Mesquita com investigados já identificados pela comissão.

Os parlamentares da CPI também ouviram o topógrafo Washington Pereira de Carvalho, contratado como prestador de serviços.

Ele mencionou uma tentativa de fracionamento irregular de grandes áreas de terra para simular o cumprimento do limite legal de 2,5 mil hectares, criando, na prática, latifúndios irregulares em desacordo com a Constituição Federal.

“Vamos seguir com as investigações, ouvindo novas pessoas e trazendo à tona a verdade por meio desta CPI”, garantiu Jorge Everton.