Dia do Psicólogo: Entenda como esse profissional atua no tratamento do autismo

Dia do Psicólogo: Entenda como esse profissional atua no tratamento do autismo
Publicado em 27/08/2024 às 12:55

Cristiane Nascimento atende pacientes com autismo há três anos (Foto: Arquivo pessoal)

O Dia do Psicólogo é comemorado nesta terça-feira (27). Esse profissional desempenha um papel fundamental na compreensão do ser humano, desde crianças a adultos, além de pessoas com dificuldades cognitivas, como o autismo.

A psicóloga Cristiane Nascimento, de 28 anos, atua há cinco anos na profissão, e há três atende o público de Rorainópolis com o diagnóstico de autismo. Conforme ela, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico e causa dificuldades de interação social, no comportamento e na comunicação.

“Inicialmente, meu intuito era trabalhar com outra especialidade, mas, devido à demanda existente em Rorainópolis, procurei me especializar para conseguir atender esse público. Aqui tem muitas crianças com autismo e poucos profissionais capacitados para auxiliar no tratamento”, disse.

Cristiane explicou que o profissional da psicologia realiza um trabalho voltado para o comportamento do paciente com autismo, enquanto fonoaudiólogos auxiliam na fala e psicopedagogos estimulam o aprendizado. Ela destacou que o ideal é que o autista seja estimulado com atividades ao longo de 24h a 40h por semana, tanto com a ajuda de profissionais, como em casa, para que ele possa se desenvolver bem.

O psicólogo pode usar algumas abordagens terapêuticas desenvolvidas para tratar crianças com o TEA, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), uma das mais utilizadas. Cristiane informou que a terapia ABA utiliza técnicas de ensino baseadas em evidências para aumentar comportamentos adequados e reduzir aqueles que podem ser prejudiciais ou interferem no aprendizado. Além disso, é eficaz para melhorar as habilidades de comunicação e sociais de crianças, adolescentes e adultos.

“Nós, psicólogos, auxiliamos os pacientes no controle das emoções e acolhemos muito as famílias deles. Quando chega o diagnóstico dos filhos, muitos sentem um choque e vivem um processo de aceitação. A gente também ajuda a família para que ela estimule os filhos a se desenvolverem de uma forma saudável”, enfatizou.

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