Em Rondônia, mulher é presa acusada de manter adolescente como escrava junto com a filha bebê
Após receber informações sobre o caso, uma guarnição da Polícia Militar se dirigiu até o endereço indicado, e conseguiu fazer contato com a vítima através de uma pequena fresta do portão, devido aos muros altos e ao cadeado que impossibilitam a entrada.
Diante da constatação do crime de cárcere privado, os policias arrombaram o portão e puderam ouvir a adolescente de 17 anos, que relatou estar sendo mantida no local contra sua vontade em companhia da filha ainda bebê.
A garota relatou que há um ano havia ido morar na casa a convite da proprietária, pois a mulher passava por problemas de saúde e precisa de ajuda com os afazeres domésticos. Porém, após a saída do esposo da suspeita da cadeia, a adolescente passou a ser maltratada pela mulher, que a acusava de furtos e a hostilizava, afirmando que a menor não cumpria seus afazeres.
Impedida de sair da casa com muros altos e monitorada por câmeras de segurança e de fazer contato com familiares, a adolescente trabalhava em troca de alimentos e a bebê vivia encarcerada em um dos quartos, sendo impedida de transitar pela casa.
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Como se não bastassem os maus tratos, a vítima relatou ainda que a acusada se apossava de seu benefício Bolsa Família e que algumas vezes tinha que dividir uma única marmita com a bebê e os cachorros da casa.
Questionada sobre o motivo de não gritar por socorro, a jovem afirmou temer por sua vida, uma vez que a “patroa” e o marido possuem envolvimento com criminosos. No entanto, aproveitando-se que a suspeita havia saído ainda durante a madrugada, deixando as vítimas sem alimento o dia todo, a adolescente conseguiu acessar suas redes sociais através do aparelho televisor smart e pedir ajuda.
Enquanto os policiais ainda estavam no local, a moradora acusada pelos crimes chegou e ainda tentou coagir a vítima a não efetuar a denúncia, sendo necessária a intervenção dos militares, que retiraram mãe e bebê da presença da denunciada.
Após receber voz de prisão, a acusada foi apresentada na Delegacia da Policia Civil de Vilhena para serem tomadas as devidas providências.
As vítimas foram assistidas por uma conselheira tutelar.
Fonte: Folha do Sul Online.