Golpistas fingem ser membros da maçonaria para aplicar “golpe do presente”
Pouco antes da data, o marido da vítima havia perguntado a ela qual horário seria o melhor para que levassem o presente, e ela informou que estaria em casa entre 13h e 13h30.
Quando chegou o dia, Ana recebeu a ligação de uma mulher pela manhã, dizendo que havia um presente para ela receber, e perguntando qual seria o melhor horário e local para realizar a entrega.
Apesar da ligação causar certa estranheza, já que a informação havia sido passada anteriormente, através do marido, para a loja maçônica, Ana combinou a entrega com a mulher, passando o endereço de seu trabalho e informando o horário em que estaria no local.
Como o tempo foi passando e a entrega não aconteceu, Ana entrou em contato novamente, e mudou a entrega para a casa onde reside, entre 13h e 13h30, conforme combinado anteriormente com a loja maçônica – pensando se tratar do presente que recebe anualmente.
Por volta das 12h45, um entregador chegou na residência, com uma bolsa, dizendo que Ana precisava pagar por uma taxa de R$ 5,90 referente à entrega. A vítima questionou se poderia pagar via pix, mas foi informada de que o pagamento só poderia ser feito utilizando cartão, através de uma maquininha.
Sendo assim, a vítima passou o cartão no aparelho, que dizia não concluir a operação. Como a maquininha só dava erro, Ana tentou fazer o pagamento diversas vezes, e chegou a trocar de cartão, seguindo a uma recomendação do próprio entregador. Depois de usar dois cartões próprios, decidiu tentar com o cartão de sua mãe, também sem sucesso.
O entregador sugeriu então que ela ligasse para a loja e conversasse com a atendente, para ver se a funcionária conseguia liberar o presente sem o pagamento da entrega.
No entanto, enquanto estava no telefone, o verdadeiro presente da loja maçônica chegou. O entregador “golpista” se retirou, dizendo que ia até a loja para pegar o recibo, e depois voltaria com o presente.
Após a fuga do golpista, Ana recebeu o presente verdadeiro. Quando voltou para o interior da residência, passou a receber ligações do banco. Ao conversar com o atendente, descobriu que havia caído no golpe da maquininha. Mesmo com o leitor do aparelho mostrando o valor de R$ 5,90 e que a operação não havia sido concluída, valores ainda maiores estavam sendo debitados da conta bancária.
Conforme consta no boletim de ocorrência, foram mais de R$ 2 mil reais nos cartões próprios da vítima, e outros R$ 10 mil no cartão de sua mãe.
Segundo o relato policial, as compras foram destinadas a dois homens, identificados como Ivan Sousa e Felipe Santos.
O que é golpe da maquininha?
Conforme explica um artigo do JusBrasil, o golpe da maquininha é um tipo de fraude em que o golpista utiliza a máquina do cartão de crédito para aplicar golpes e prejudicar o consumidor, de modo a colocar um valor excessivo sem que ele perceba ou até mesmo para clonar seu cartão.
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Existem vários métodos utilizados pelos golpistas, como por exemplo: