Governo e Oposição dão ao RN a pior escola do Brasil
CASSIANO ARRUDA CAMARA
O Rio Grande do Norte continua absoluto com a pior rede pública de ensino do Brasil para o ensino médio. Resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023, do Ministério da Educação. O RN cresceu quatro décimos no índice, em comparação com 2021, e voltou ao mesmo patamar de 2019, com 3,2 pontos.
A média de avaliação do ensino médio no Brasil apresenta o RN com índice de 4,1 – o pior do país, do mesmo jeito da avaliação anterior. Considerando a rede privada, o índice do Rio Grande do Norte salta para 3,7, se colocando na penúltima posição desse ranking (empatado com o Rio de Janeiro), na frente de Roraima. Somente nas escolas privadas potiguares o RN tem situação melhorada, marcando 5,5.
O melhor desempenho para o ensino médio da rede estadual no País ficou com Goiás (índice de 4,8). No Nordeste, Pernambuco e Ceará lideram o índice, com 4,5 e 4,4.
Essa situação se torna mais grave pela falta de reação dos norte-rio-grandenses diante de uma situação que compromete o presente e o futuro de um Estado que parece condenado e se mostra resignado com isso.
No ano passado – como agora – a sociedade norte-rio-grandense reage como se essa situação fosse normal, sem exigir um conjunto de medidas imediatas para mudar essa situação inaceitável.
Essa situação acontece na primeira vez que o Rio Grande Norte tem na chefia do governo um profissional de ensino, e não apenas um professor diletante com outras fontes de renda.
O RN segue com a pior rede pública, diz o Ideb. O Estado teve aumento de quatro décimos no índice, em comparação com 2021, e voltou ao mesmo patamar de 2019, com 3,2. A média do Brasil ficou com índice de 4,1.
O melhor desempenho para o ensino médio da rede pública estadual no País ficou com o Estado de Goiás, com índice de 4,8. Na região Nordeste, Pernambuco e Ceará lideram o índice, com 4,5 e 4,4, respectivamente.
Considerando a rede privada de ensino, o índice do RN salta para 3,7, colocando o estado na penúltima posição desse ranking (empatado com o Rio de Janeiro), só na frente de Roraima.
Para compor o Ideb é levada em consideração as notas dos estudantes na prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), avaliação de Português e Matemática, que foi aplicada nos meses de outubro e novembro do ano passado. O Ideb apontou que o ensino médio do RN teve nota de 3,2, a pior entre todas as escolas do país.
NINGUÉM TEM CULPA
Quem visitou o RN nesse período não encontrou nada, absolutamente nada, que demonstre uma situação de verdadeira calamidade pública e está a exigir medidas imediatas para mudar o quadro.
Essa é a reação do Governo. A mesma da Oposição. Ambos acomodados na leniência de quem compartilha o acomodamento diante de uma situação que não é normal para ninguém com um mínimo de responsabilidade.
O Ideb apontou que o ensino médio do RN teve nota de 3,2, a pior entre todas as escolas do país. A maior nota foi de Goiás, com 4,8, e a média do Brasil foi de 4,1. A nota no ensino médio do RN representou uma melhora de 0,4 em relação ao Ideb de 2021, o último divulgado.
Nosso Rio Grande do Norte segue com a pior rede pública de todo o País para o ensino médio. É o que revela o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2023, divulgado na quarta-feira (14) pelo Ministério da Educação. O Estado teve aumento de quatro décimos no índice, em comparação com 2021, e voltou ao mesmo patamar de 2019, com 3,2. A média do Brasil ficou com índice de 4,1.
O melhor desempenho para o ensino médio da rede estadual no País ficou com o Estado de Goiás, com índice de 4,8. Na região Nordeste, Pernambuco e Ceará lideram o índice, com 4,5 e 4,4, respectivamente, do Brasil no ensino médio em 2023, conforme o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado nesta quarta-feira (14.ago.2024) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esta é a segunda vez consecutiva que o estado registra o pior desempenho no ensino médio da rede pública.
Com uma nota de 3,2, o ensino médio do RN ficou atrás de todas as outras unidades federativas. Em contraste, Goiás obteve a maior nota, 4,8, enquanto a média nacional foi de 4,1. Apesar disso, o RN apresentou uma melhora de 0,4 em relação ao Ideb de 2021.
O Ideb, que avalia a qualidade da educação no Brasil a cada dois anos, também destacou que o RN teve o pior desempenho nos últimos anos do ensino fundamental (6º ao 9º ano), com nota 4,1. Além disso, quando se considera só o ensino médio, incluindo a rede privada e federal, o RN teve o segundo pior desempenho, ao lado do Rio de Janeiro, com nota 3,7.
A Secretaria Estadual de Educação atribui os baixos índices a um histórico de falta de investimentos; e à pandemia de Covid-19. A pasta destaca os investimentos recentes em políticas pedagógicas, infraestrutura, tecnologias e formação continuada dos professores. A secretária Socorro Batista mencionou a necessidade de novas estratégias para reduzir o abandono escolar e as taxas de reprovação, que impactam negativamente no Ideb.
Para reverter este cenário, o RN aposta em lenitivos como o “Pé de Meia” e outras estratégias que visam melhorar a avaliação e extrair o melhor desempenho dos alunos. “Precisamos atualizar os processos e estratégias de avaliação para mudar esse quadro”, justifica uma autoridade, sem mostrar nada capaz de atacar o verdadeiro problema.
CULPA COMUM A DOIS
Existe algum registro de um Governo que negligenciou com um registro administrativo importante em que a população culpou os políticos (governo e oposição) em geral? Sim, existem registros de situações em que um governo negligenciou uma questão importante, mas a população acabou sem culpar também a oposição.
Esses cenários geralmente envolvem estratégias de comunicação política, onde o governo em exercício tenta desviar a responsabilidade ou manipular a narrativa para responsabilizar seus adversários.
Um exemplo clássico pode ser encontrado na história recente do Brasil durante o governo de João Goulart, no início dos anos 1960. O país enfrentava uma grave crise econômica, com inflação alta, desemprego crescente e instabilidade política.
Outro exemplo mais recente pode ser visto na Grécia durante a crise financeira de 2008. O governo grego, liderado por Kostas Karamanlis, enfrentou uma crise fiscal grave. No entanto, a oposição, liderada pelo PASOK, foi muitas vezes culpada pela população e pela narrativa política por ter deixado o país em uma posição vulnerável devido a políticas anteriores.
Isso levou a uma situação em que, mesmo após a mudança de governo, a culpa pelas dificuldades econômicas continuava a ser atribuída ao “partido de oposição”, que havia governado anteriormente.
E nós como ficamos? A quem cobrar? Qual pergunta deve ser feita ao Governo? – E a oposição?
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