IBGE: 27,7% dos jovens não estudavam nem trabalhavam no RN em 2023

O IBGE divulgou nesta quarta-feira (4) um retrato dos indicadores sociais do Rio Grande do Norte, com dados referentes ao ano de 2023. O levantamento mostrou que, no período, 27,7% dos jovens potiguares de 15 a 29 anos de idade não estudavam nem trabalhavam. O percentual apresentou uma redução em comparação com 2018, quando o número era 31,5%.
Os dados revelaram ainda que 29% estavam dedicados exclusivamente aos estudos, um aumento em relação aos 27,7% registrados em 2018. A proporção dos que combinavam estudo e ocupação caiu para 6,9%, frente a 8,9% cinco anos antes. Já a parcela dos jovens exclusivamente ocupados cresceu, com 36,4% em 2023, enquanto era de 31,9% em 2018.
Os dados utilizados no documento divulgado pelo IBGE provêm da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), da própria instituição, abrangendo indicadores como ocupação, desemprego, subutilização, informalidade e rendimentos do trabalho.

No Rio Grande do Norte, em 2023, a população ocupada foi de 1,35 milhão de pessoas, representando um nível de ocupação de 46,6%, inferior à média nacional (57,6%) e à do Nordeste (48,5%).
A população desocupada no estado alcançou 163 mil pessoas, com uma taxa de desocupação de 10,7%, acima da média nacional (7,8%) e ligeiramente inferior à do Nordeste (11,0%). Na capital Natal, 370 mil pessoas estavam ocupadas, com nível de ocupação de 49,7%, enquanto 45 mil estavam desocupadas, resultando em uma taxa de desocupação de 10,8%.
A análise dos indicadores selecionados para 2023 revela diferenças entre os estratos geográficos do Rio Grande do Norte. Natal apresentou o maior percentual de pessoas com no mínimo 12 anos de estudo (74,9%) e maior acesso ao esgotamento por rede coletora (60,8%), além da taxa de desocupação de 10,8%. A região Agreste registrou o menor nível de ocupação (37,6%) e a maior proporção de pessoas abaixo da linha de pobreza (56,2%). No entorno metropolitano, apenas 14,9% possuíam esgotamento adequado, enquanto o Oeste tem a menor taxa de desocupação (7,7%). Esses dados evidenciam desigualdades regionais em educação, saneamento e ocupação, segundo o IBGE.