João Alfredo deixa Casa Civil para assumir defesa de Denarium em processo de impeachment

João Alfredo deixa Casa Civil para assumir defesa de Denarium em processo de impeachment
Publicado em 21/11/2024 às 16:41

João Alfredo pediu exoneração no último dia 14 (Foto: Divulgação)

O secretário-chefe Adjunto da Casa Civil, João Alfredo de Souza Cruz, deixou o cargo para assumir a defesa do governador Antonio Denarium (Progressistas) no processo de impeachment em tramitação na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Junto com Diego Prandino Alves, ex-secretário de Planejamento e Orçamento, eles apresentaram a peça de defesa na terça-feira (19).

João Alfredo foi exonerado, a pedido, no dia 14 de novembro, conforme publicação no Diário Oficial do Estado (DOE). Além de sua atuação recente na Casa Civil, ele já ocupou o cargo de Controlador-Geral do Estado.

Diego Prandino, por sua vez, deixou o governo em abril de 2023. Atualmente é Consultor de Orçamentos do Senado Federal e liderou a equipe de peritos durante o processo de impeachment da ex-Presidente Dilma Rousseff.

Processo e defesa

Denarium é acusado de crime de responsabilidade por Rudson Leite (PV), Fábio Almeida (ex-PSOL) e Juraci Escurinho (PDT), adversários políticos nas eleições de 2022. Entre as acusações, estão desvios de recursos públicos, nepotismo, abuso de poder econômico e uso de programas sociais para fins eleitorais.

A defesa, protocolada na manhã do dia 19, segundo Prandino, busca demonstrar a legalidade dos atos administrativos do governo. “A defesa fez um trabalho minucioso e robusto que demonstrou não apenas a legalidade dos atos do governo do estado, mas também a ausência de qualquer elemento apto a autorizar o processo de impeachment”, explicou o advogado.

A Comissão responsável pelo caso tem o prazo de cinco sessões para emitir parecer sobre a denúncia. Já a defesa do governador tem dez sessões para apresentar sua defesa completa. Durante esse período, a Comissão poderá realizar diligências, oitivas de testemunhas e reuniões para embasar seu relatório.

Se a denúncia for considerada procedente, o processo seguirá para votação em plenário e, posteriormente, para um tribunal misto formado por deputados estaduais e desembargadores.