Prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira foi o segundo chefe de poder executivo municipal a ser assassinado no Rio Grande do Norte nos últimos 17 meses. Em abril do ano passado, outro episódio de violência foi registrado com um prefeito potiguar. Na ocasião, Joseilson Borges da Costa, conhecido como Neném Borges, foi morto a tiros dentro de casa, em São José do Campestre, na região da Borborema Potiguar.

Marcelo Oliveira foi morto junto com o pai, Sandi Alves de Oliveira, após sofrerem um atentado a tiros no município de João Dias, no Alto Oeste Potiguar, durante a manhã desta terça-feira (27). Pelo menos oito criminosos estão envolvidos no crime, segundo a companhia da Polícia Militar que atua em Alexandria, a qual possui equipes nas diligências para prender os autores do crime.

Ainda conforme as informações policiais, testemunhas relataram que os criminosos surpreenderam o prefeito e o pai dele no bairro de São Geraldo, região localizada fora do centro da cidade, por volta das 11h30. Eles estavam distribuídos em dois veículos. A companhia não soube informar o que as vítimas faziam no momento em que foram abordadas, mas noticiou que várias cápsulas de pistola e revolver calibre 12 (não quantificadas pela PM) foram encontradas no local do crime.

Caso em São José do Campestre

No caso da morte do prefeito Neném Borges, em São José do Campestre, o crime ocorreu no dia 18 de abril de 2023. Ele foi morto dentro da sua própria residência com três tiros na cabeça.

Imagens de câmeras de segurança demonstraram que o criminoso que chegou à residência foi ao local somente para matar o prefeito. Nenhum bem da família foi levado, assim como também não houve outras vítimas, mesmo com a presença da mulher e filha do gestor na casa no momento do crime.

De acordo com investigações da Polícia Civil, o autor do crime era o líder local de uma facção criminosa interestadual e teria decidido assassinar o prefeito devido ao respaldo institucional de Neném Borges às operações policiais na cidade.

O suspeito de assassinar o prefeito foi preso em janeiro deste ano, em São Paulo, e transferido em março para o Rio Grande do Norte. Ele foi identificado pela Polícia Civil como Vando Fernandes Gomes, “o Vandinho”.