Menina de 12 anos grava vídeo para comprovar estupro cometido por padrasto
A tia da vítima procurou a delegacia no dia 28 de agosto e relatou que a sobrinha havia gravado um vídeo registrando o crime sexual. A criança foi ouvida em escuta especializada pela psicóloga da Delegacia e contou sobre outros episódios em que o padrasto cometeu os abusos.
A mãe da vítima foi intimada a prestar depoimento e relatou que não tinha conhecimento dos abusos.
A delegada Renata Evangelista reiterou a necessidade de quando uma criança relatar esse tipo de situação, a procurar a Delegacia de Polícia para que a criança seja ouvida por profissionais, sem que haja revitimização, já que, a cada vez que a criança relata o abuso, é como se estivesse revivendo-o.
A delegada reforçou ainda que para a comprovação do crime não é necessária a gravação de vídeo, já que comumente tais delitos ocorrem em ambiente fechado, sem a presença de testemunhas, sendo a palavra da vítima meio suficiente para que providências sejam tomadas em relação ao agressor.
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“O crime de estupro de vulnerável ocorre quando há conjunção carnal com menor de 14 anos, penetração sexual, bem como por meio de atos libidinosos, como beijos e carícias de cunho sexual, que o suspeito pratica para satisfazer a sua lascívia. Não importando se a vítima já teve relação sexual anteriormente, é crime e o suspeito pode responder com pena de 8 a 15 anos de reclusão”, explicou.
A titular da Delegacia da Mulher destacou o empenho dos investigadores da unidade policial que cumpriram diligências e buscas pelo suspeito por mais de uma semana, contando também com o apoio do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional de Sinop.
Na delegacia, o suspeito foi ouvindo e negou o crime, alegando que a vítima criou os fatos com o intuito de separá-lo da mãe.
Após os procedimentos, o autor do crime foi encaminhado para a Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite, onde ficou à disposição da Justiça.
Fonte: MídiaJur.