Mesmo sem ser obrigada a votar, idosa de 72 anos faz questão de manter a tradição e vai à urna acompanhada da filha e da neta
Manter viva a tradição de ir às urnas e exercer a cidadania é motivo de orgulho para dona Creusa Nobre da Silva, de 72 anos. Neste domingo, 6, a idosa chegou cedo ao local de votação, no Colégio Estadual Barão do Rio Branco (Cerb), acompanhada pela filha Suzy Nobre, de 43 anos, e pela neta de 13 anos. Apesar de já não ser mais obrigada a votar, Creusa afirma que sempre faz questão de participar das eleições ao lado da família.
“É um dia importante para a gente decidir e colocar uma pessoa que a gente espera que trabalhe direitinho. Pelo menos, é o que a gente pensa e espera”, comentou Creusa sobre a importância do momento para escolher os representantes que possam fazer a diferença no município.
Suzy conta que essa é uma tradição que vem de muitos anos e faz parte da vida delas. “Minha mãe mora na zona rural, na estrada de Boca do Acre, e sai de casa bem cedo, dirige cerca de 1h para me encontra e, desde que eu me lembro, sempre fazemos questão de vir juntas. É um momento de união, além de ser um direito nosso de lutar pela mudança, mesmo que, às vezes, pareça que não vemos muita diferença”, afirmou.
O trio não abre mão de se reunir nesse dia, e para a neta, que ainda não vota, acompanhar a mãe e a avó é como uma aula de cidadania. Desde bebê, ela acompanha a tradição familiar e já compreende a importância de fazer parte desse processo. “Ela já fala que vai votar assim que puder. Esse é um costume que espero que ela também mantenha no futuro. Mesmo ainda não votando, ela entende o valor de participar e sempre demonstra interesse”, disse Suzy.
Mesmo sem a obrigatoriedade, Creusa acredita que o voto é um compromisso que vai além do dever legal. “Eu gosto de vir. É o meu direito”, concluiu a idosa.