Ministério Público prende terceiro envolvido em esquema de tráfico de drogas em avião da BoA.
Este é o supervisor de segurança civil. Eles a acusam de não verificar os utensílios que as faxineiras trouxeram e de não controlar a tripulação.
A Promotoria de Substâncias Controladas de Santa Cruz prendeu J.E.D., supervisor de segurança da aviação civil da BoA/Boliviana, na última sexta-feira. A prisão ocorre no contexto da investigação relacionada aos 12 pacotes de drogas descobertos na cabine de um avião da companhia. As autoridades agora se concentram em entender como a segurança falhou e a droga foi inserida na aeronave.
A terceira mulher presa neste caso foi apresentada às autoridades, após a detenção de duas faxineiras, que estão em prisão preventiva sob a acusação de serem as autoras materiais do incidente. A nova suspeita era responsável por supervisionar as verificações de segurança da aeronave que partiria de Santa Cruz em direção a Madrid, na Espanha. As investigações buscam esclarecer como as drogas foram introduzidas na cabine e qual foi o papel de cada envolvido no esquema.
De acordo com a reportagem, o Ministério Público irá investigar como uma das faxineiras conseguiu introduzir a carga de drogas na cabine da aeronave. A funcionária não monitorou a tripulação que chegou de Cochabamba e também falhou em elaborar os relatórios necessários para documentar os elementos que embarcaram no voo CP-3214 da BoA. Essas omissões levantam sérias questões sobre os protocolos de segurança em vigor.
A mulher será apresentada na próxima segunda-feira para uma audiência de medidas cautelares, enfrentando acusações de tráfico internacional de substâncias controladas, conspiração e associação criminosa. As autoridades buscam determinar a gravidade de sua participação no esquema, à medida que a investigação se aprofunda.
No dia 13 de setembro, o Ministério Público e a Polícia interceptaram um avião da BoA, encontrando 12 pacotes de cocaína a bordo. Duas faxineiras foram identificadas por câmeras de segurança e presas preventivamente por 180 dias.
Este incidente segue um episódio anterior, quando quase meia tonelada de droga chegou ao aeroporto de Barajas, em Madrid, em um voo da mesma companhia. As investigações apontam para uma possível rede de tráfico ligada à aviação.