Na contramão do país, Rio Branco reduz consumo abusivo de álcool, mostra estudo
Prevalência do consumo abusivo teve 26ª menor porcentagem entre as capitais em 2023. Estudo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool também revela que o Acre ficou entre menores taxas de internações e óbitos atribuíveis ao álcool
A capital do Acre, Rio Branco, seguiu caminho contrário do país e reduziu o consumo abusivo de álcool entre 2010 e 2023. Isto é o que mostra um estudo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), baseada em pesquisa Vigitel/Ministério da Saúde feita em 2023.
A prevalência deste consumo chegou a 15,1% da população adulta da capital acreana no ano passado, 26ª menor porcentagem entre as capitais do país no ano passado. Em 2010, o número ficou em 15,9%.
Esta porcentagem ficou abaixo da média do país, que ficou em 20,8%, um aumento em relação a 2010, quando o número ficou em 18%.
Outro recorte demonstrado pela pesquisa mostrou que 6,9% da população adulta admite ter dirigido após consumir álcool nos 30 dias anteriores ao levantamento. O número permaneceu o mesmo de 2010, e acima da taxa nacional, que foi de 5,9%.
Números estaduais
A pesquisa também traz índices estaduais em relação ao consumo abusivo de álcool entre a população adulta. Neste sentido, o Acre teve taxa de 16,8 internações atribuíveis ao consumo de álcool a cada 100 mil habitantes em 2023. O índice foi o 17º do país, abaixo da taxa nacional, que foi de 27 internações a cada 100 mil habitantes. No entanto, o Acre teve o maior número da região Norte.
Já o percentual de mortes atribuíveis ao álcool em 2023 ficou em 6%, o que deixou o estado em 9º lugar junto com outros cinco estados.
As que são parcialmente atribuíveis ao álcool (PAA) ocorrem quando essa substância é um fator de risco importante, mas não exclusivo, como é o caso da cirrose hepática ou da doença cardíaca hipertensiva. Já as que são totalmente atribuíveis ao álcool (TAA), não existiriam se não houvesse o consumo, como a dependência de álcool e a síndrome alcoólica fetal (SAF).
Ainda em relação às mortes, considerando cada 100 mil habitantes, o Acre ficou na 26ª colocação, com 21,4, abaixo do índice do país, que foi de 32,8.