Novas explosões são registradas próximas ao aeroporto Beirute; veja vídeo
Uma equipe da CNN ouviu várias explosões em Beirute por volta da meia-noite, no horário local.
Imagens da Reuters mostraram uma enorme bola de fogo seguida por uma grande coluna de fumaça subindo sobre os subúrbios ao sul de Beirute, próxima ao aeroporto da cidade.
Veja o vídeo:
Exército faz aviso de retirada
Mais cedo, o Exército israelense emitiu um aviso de retirada para moradores de vários prédios específicos no subúrbio de Bourj el Barajneh, no sul de Beirute.
Na nota, os moradores foram avisados de que estavam “localizados perto de instalações e interesses pertencentes ao Hezbollah”, que as Forças de Defesa de Israel (FDI) atacariam em breve.
O porta-voz árabe das FDI disse aos civis para saírem suas residências “imediatamente” e ficarem a pelo menos 500 metros de distância.
Bourj el Barajneh é uma área densamente povoada que inclui um campo de refugiados palestinos e onde vivem muitos migrantes mais pobres.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.