PF desarticula esquema de grilagem de terras adquiridas por meio de fraudes nesta quarta-feira, 21
As investigações, que se estenderam por vários meses, identificaram um esquema sofisticado de falsificação de documentos para a apropriação indevida de grandes áreas de terra, principalmente em regiões de preservação ambiental e reservas indígenas. O grupo criminoso, composto por empresários, advogados, servidores públicos e políticos locais, lucrava milhões de reais com a venda dessas terras, que posteriormente eram desmatadas e utilizadas para o agronegócio.
De acordo com a Polícia Federal, a operação, denominada “Terra Prometida”, foi deflagrada após a coleta de provas que indicavam a existência de uma rede organizada que corrompia cartórios, órgãos ambientais e setores do governo estadual para legalizar terras griladas. O esquema incluía a fabricação de títulos de propriedade falsos e a manipulação de registros em cartórios, garantindo a “regularização” das áreas invadidas.
As áreas griladas, muitas vezes localizadas em regiões de difícil acesso, eram vendidas a preços elevados a investidores e empresas do setor agropecuário, que, na maioria dos casos, não verificavam a legalidade das transações. O impacto ambiental do esquema também é significativo, uma vez que grandes áreas de floresta foram desmatadas ilegalmente, comprometendo a biodiversidade e os direitos das comunidades tradicionais e indígenas.
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Entre os alvos da operação estão figuras influentes no estado, incluindo políticos que estariam usando sua posição para facilitar o esquema e obter benefícios pessoais. Até o momento, diversas prisões foram efetuadas, e a investigação continua para identificar e punir todos os envolvidos.
O superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Júlio Ribeiro, destacou a importância da operação para combater a grilagem de terras, um problema que tem profundas implicações sociais, econômicas e ambientais.