PL que previa policiais na proteção de escolas é arquivado em Roraima

PL que previa policiais na proteção de escolas é arquivado em Roraima
Publicado em 25/09/2024 às 15:59

Formatura de oficiais da Polícia Militar de Roraima – 24.06.2022 (Foto: SupCom ALE-RR/Ilustração)

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) manteve, por nove votos a sete, o veto total do governador Antonio Denarium (Progressistas), por inconstitucionalidade, ao Projeto de Lei que autorizaria policiais militares e penais de folga a receberem remuneração para reforçar a segurança das escolas estaduais. Com isso, a proposta está arquivada (ao final da reportagem, veja como cada deputado votou).

Na sessão de terça-feira (24), o líder do Governo na Casa, deputado Coronel Chagas (PRTB), defendeu a manutenção do veto, embora reconhecesse que proposta esteja “coberta de boas intenções”. Ele reforçou que a matéria deveria ser proposta pelo Poder Executivo.

Chagas disse seguir o parecer da Procuradoria-Geral da ALE-RR, que sugeriu que o projeto seja convertido em indicação ao Governo. Autora do projeto, a deputada governista Joilma Teodora (Podemos) votou contra o veto.

No veto enviado aos deputados, Denarium explicou que a proposta é inconstitucional porque, legalmente, é um tipo de iniciativa que deveria ser apresentada pelo Governo e acompanhada de estudo de viabilidade. “A proposição na forma posta, além de interferir na gestão de órgãos estaduais, demandaria a criação de despesas para o Executivo”, disse.

Em 2023, Joilma apresentou o projeto no contexto de ameaças de massacre em escolas de Roraima e do aumento do tráfico de drogas nas proximidades dos locais. Na opinião dela, a presença de policiais poderia prevenir e inibir a ocorrência de crimes e violências nos ambientes escolares, e ainda aumentar a “sensação de segurança” nas unidades.

RELEMBRE

Pela proposta, as secretarias de Segurança Pública (Sesp) e de Educação e Desporto (Seed) seriam responsáveis por uma lista de policiais voluntários a atuar na segurança das escolas. Enquanto a Sesp fixaria diretrizes para a atuação dos agentes, a Seed pagaria a remuneração dos policiais. Normas e procedimentos inerentes seriam regulamentados pelo governador.

Confira como cada deputado votou no veto

  • Angela Águida Portella (Progressistas) – sim
  • Armando Neto (PL) – ausente na votação
  • Aurelina Medeiros (Progressistas) – sim
  • Catarina Guerra (União Brasil) – não votou
  • Chico Mozart (Progressistas) – não votou
  • Claudio Cirurgião (União Brasil) – não
  • Coronel Chagas (PRTB) – sim
  • Dr. Meton (MDB) – sim
  • Eder Lourinho (PSD) – não
  • Gabriel Picanço (Republicanos) – ausente na votação
  • Idazio da Perfil (MDB) – sim
  • Isamar Júnior (Podemos) – ausente na votação
  • Joilma Teodora (Podemos) – não
  • Jorge Everton (União Brasil) – não votou
  • Lucas Souza (PL) – sim
  • Marcelo Cabral (Cidadania) – sim
  • Marcinho Belota (PRTB) – não
  • Marcos Jorge (Republicanos) – não
  • Neto Loureiro (PMB) – não votou
  • Odilon (Podemos) – ausente na votação
  • Rarison Barbosa (PMB) – não
  • Renato Silva (Podemos) – não
  • Soldado Sampaio (Republicanos) – não
  • Tayla Peres (Republicanos) – não