Poluição do ar em Rio Branco está quase três vezes acima do aceitável pela OMS, apontam sensores

Poluição do ar em Rio Branco está quase três vezes acima do aceitável pela OMS, apontam sensores
Publicado em 02/08/2024 às 13:58

Com falta de chuvas e o aumento de queimadas, a qualidade do ar em Rio Branco registrou, nesta sexta-feira, 2, níveis de poluição quase três vezes acima do que o considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Dados dos sensores que monitoram a qualidade do ar, por meio do sistema Purple Air, mostram que a capital concentrou cerca de 40 microgramas por metro cúbico (µg/m³) de material particulado na manhã desta sexta.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que a quantidade de material particulado por metro cúbico (µg/m³) aceitável é de 15 microgramas pelo período de 24h. Porém, a partir de 12 µg/m³ já oferece risco em uma exposição prolongada.

Com o índice registrado nesta sexta, segundo a plataforma de monitoramento, os membros de grupos sensíveis podem sofrer efeitos na saúde com 24 horas de exposição. O público em geral tem menos probabilidade de ser afetado.

Outras cidades também estão com situação preocupante na qualidade do ar, como é o caso de Manoel Urbano, Sena Madureira e Santa Rosa, que estão com concentração de poluentes duas vezes acima do considerado ideal.

Número recorde de queimadas

O Acre registrou recorde de queimadas para o mês de julho em 19 anos, segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que realiza o monitoramento. Os dados mostram que, este ano, o estado registrou 603 focos de calor em julho.

Até então, desde 1998, quando iniciou a série histórica, o maior número para o mesmo período foi em julho de 2005, que teve 1.136 registros de incêndios.

No acumulado do ano, o estado registra 740 focos de queimadas, segundo o monitoramento. Esse número é 184% maior que no mesmo período de 2023 e o maior de toda série histórica.