Professor acusado de abusar sexualmente de oito vítimas é preso em Acrelândia

Professor acusado de abusar sexualmente de oito vítimas é preso em Acrelândia
Publicado em 09/10/2024 às 17:11

Pedido foi aceito pelo Judiciário, e a prisão foi efetuada nesta quarta-feira, após audiência de custódia

O professor, que ainda atuava como coordenador pedagógico, foi indiciado por importunação sexual, estupro mediante fraude (quando a vítima cede ao abuso para evitar prejuízos) e constrangimento ilegal

Fonte: Ascom/MPAC

O MPAC, por meio da Promotoria Cumulativa de Acrelândia, obteve, nesta quarta-feira, 9, a prisão preventiva de um professor acusado de abusar sexualmente de estudantes no município de Acrelândia, o mesmo foi preso preventivamente acusado de abusar sexualmente de estudantes e funcionárias da escola. A prisão foi feita a pedido do Ministério Público do Estado.

O acusado, que ainda atuava como coordenador pedagógico, foi indiciado por importunação sexual, estupro mediante fraude (quando a vítima cede ao abuso para evitar prejuízos) e constrangimento ilegal, envolvendo, além de estudantes, funcionárias da instituição de ensino, totalizando  . As acusações também recaem sobre o profissional que atuava como diretor da escola.

O professor, que ainda atuava como coordenador pedagógico, foi indiciado por importunação sexual, estupro mediante fraude (quando a vítima cede ao abuso para evitar prejuízos) e constrangimento ilegal, envolvendo, além de estudantes, funcionárias da instituição de ensino, totalizando oito vítimas. As acusações também recaem sobre o profissional que atuava como diretor da escola.

De acordo com o promotor de Justiça Daisson Gomes Teles, foi determinada, por decisão judicial, a suspensão dos dois acusados de suas funções enquanto o processo corre, além da imposição de outras medidas cautelares. No entanto, o coordenador pedagógico descumpriu algumas dessas medidas, o que levou o Ministério Público a requerer sua prisão preventiva.

O pedido foi aceito pelo Judiciário, e a prisão foi efetuada nesta quarta-feira, após audiência de custódia.

A Polícia Civil reafirma seu compromisso de garantir a punição de todos os envolvidos e convoca outras possíveis vítimas a colaborarem com as investigações

Em relação ao caso, após mais de um ano de trabalho investigativo, iniciado em 11 de setembro de 2023, a Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia Geral de Acrelândia, encerrou uma investigação que revela um esquema de abusos sexuais praticados por servidores de uma escola pública da Comarca de Acrelândia (AC).

O caso ganhou notoriedade quando uma aluna, acompanhada de sua mãe, procurou a Delegacia de Polícia para relatar que dois servidores da gestão escolar haviam proposto uma relação sexual à jovem.

Profundamente abalada, a aluna contou os fatos à mãe, que buscou auxílio policial. A denúncia abriu caminho para uma investigação mais ampla, que revelou a existência de diversas vítimas dos mesmos predadores sexuais.

O abuso de poder por parte dos investigados era manifesto, as notas escolares e outros benefícios acadêmicos eram manipulados em troca de favores sexuais, e servidores da escola foram coagidos a manter relações sexuais sob ameaça de retaliação em suas funções.

Sob a coordenação do delegado Dione Lucas, a investigação durou mais de seis meses e trouxe à tona a extensão do abuso. As autoridades confirmaram que, além da jovem denunciante, outras alunas também foram vítimas de crimes sexuais cometidos pelos servidores investigados. Quatro vítimas foram identificadas como alvos de importunação sexual (art. 215-A do Código Penal), duas foram vítimas de estupro mediante fraude (art. 215 do CP), uma sofreu constrangimento ilegal (art. 146 do CP), e uma foi vítima de estupro (art. 213 do CP).

“A Polícia Civil representou judicialmente pelo afastamento dos servidores por 120 dias, no entanto, informações indicam que o Coordenador Estadual de Ensino em Acrelândia descumpriu a ordem judicial ao reintegrar clandestinamente um dos investigados às suas funções. Tal atitude não apenas comprometeu o curso das investigações, como também destacou um preocupante uso da máquina pública para encobrir e proteger os predadores”, informou a reportagem o delegado Dione Lucas.

Já o delegado geral frisou que. “Este caso, de profundo impacto social, ressalta a vulnerabilidade dos jovens em espaços que deveriam ser de segurança e aprendizado. A Polícia Civil do Acre não apenas finaliza a investigação, mas também faz um apelo à comunidade para que se una no combate a essa prática criminosa. Nenhum pai ou mãe envia seus filhos para a escola esperando que eles sejam molestados por aqueles que deveriam protegê-los e educá-los”, declarou a instituição em comunicado oficial”, enfatizou o delegado geral da PCAC, José Henrique Maciel.

A Polícia Civil reafirma seu compromisso de garantir a punição de todos os envolvidos e convoca outras possíveis vítimas a colaborarem com as investigações, garantindo a proteção integral dos direitos das crianças e adolescentes.

O mesmo foi preso preventivamente acusado de abusar sexualmente de estudantes e funcionárias da escola. A prisão foi feita a pedido do Ministério Público do Estado.

Comentários