Política

“Se precisar conversar com a governadora, eu vou conversar”, diz Prefeito de Natal

“Se precisar conversar com a governadora, eu vou conversar”, diz Prefeito de Natal
Publicado em 12/04/2025 às 17:16

Paulinho comenta assuntos da saúde, política, PPP, Mercado da Redinha e marina na ZN.

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Em nível de estado, senhor já viu possibilidade de abertura de diálogo com a governadora Fatima Bezerra (PT)?
Eu não tenho problema de conversar com ninguém. Tudo que seja bom para Natal, eu vou estar de portas abertas para conversar. Tive uma audiência com o ministro Alexandre Padilha (Saúde), fui pedir ajuda para o Hospital de Natal. Se precisar conversar com a governadora, eu vou conversar. Sempre tive um bom diálogo com ela. Eu acho que nós temos que tratar de eleição, numa época de eleição. Campanha, é campanha. Ela vai estar num palanque, eu vou estar noutro. Sem problema nenhum, mas a discussão para trazer melhorias, tanto para Natal como para o Rio Grande do Norte, eu falo Natal porque é a capital, é onde tem o maior PIB, então nós temos que discutir melhorias para Natal e para o Estado, e se for preciso sentar, nós vamos sentar com qualquer um que esteja disposto a ajudar Natal.

A dívida de R$ 72 milhões do Estado com a saúde municipal pode entrar nesse diálogo?
O nosso secretário Geraldo Pinho (Saúde) tem conversado com o o secretário estadual Alexandre Motta (Saúde) para ver se chega ao denominador comum, se o Estado começa a repassar esse recurso. Tem uma parte que a dívida era maior, mas tem uma parte que eles repassam através de decisão judicial, já passa para o município R$ 3,5 milhões. É uma decisão judicial. Então, existe essa dívida e nós vamos tentar, junto ao governo do Estado, receber, começando de uma forma amigável. Se precisar, nós vamos judicializar de novo.

Como o senhor tem visto essa questão dessa ação do Ministério Público que está tramitando na Justiça Eleitoral em relação ao seu mandato?
Eu vejo com muita tranqüilidade, primeiro, eu tenho a consciência tranqüila que não cometi nenhum erro, não cometi nenhum excesso. A prova é que dentro dos autos do processo, meu nome é muito pouco citado, talvez quase nada. Numa própria reportagem que a InterTV fez, que a chamada era sobre a cassação do prefeito, eu disse que foi a melhor defesa que eles fizeram para mim. Todos os autos que eles mostraram, todas as provas que disseram ter, nenhum meu nome era citado. Então eu estou muito tranquilo, eu acredito muito na justiça, eu acredito na democracia, eu acho que nós ganhamos no voto, nós ganhamos a maioria dos votos e vamos continuar, vamos fazer a nossa gestão com tranquilidade, tentando melhorar a vida de cada cidadão da nossa cidade. O nosso governo tem o propósito de trabalhar para as pessoas.

O senhor mandou recentemente para a Câmara alguns projetos importantes em relação ao reajuste dos servidores, do magistério. Tem algum outro projeto mais importante que o senhor vai enviar?
Nós mandamos o projeto das PPPs também, para que haja uma regulamentação Isso é do dia-a-dia. Alguns projetos vão aparecendo e nós vamos, sim, precisar da Câmara Municipal, eu que tenho o maior respeito pelo Poder Legislativo, até porque a maior parte da minha história foi dentro do Legislativo e eu sei da importância e da necessidade de a gente ter uma boa relação. Então, durante toda a nossa gestão, claro que vários projetos vão chegar ao Legislativo e nós vamos estar sempre mostrando a eles. Eu conversei com a bancada que todo projeto nós vamos discutir antes, com cada secretário, com cada pasta, para a gente chegar bem debatido. Eu pretendo ter muito pouco projeto de urgência.

Como o senhor tem acompanhado as conversas sobre a criação de uma federação entre o União Brasil e o Progressistas?
Eu conversei com o presidente nacional do partido, Antônio Rueda, e com o vice-presidente nacional, ACM Neto. Eu sou totalmente favorável. Hoje, o que acontece numa eleição, mais difícil é a formação das nominatas. Hoje, não está fácil formar nominata. E fazendo uma federação, nós estávamos no meio do caminho andado. Então, eu sou totalmente a favor. Existem alguns problemas, porque tem alguns estados onde os deputados não aceitam, por isso que há demora de se fechar essa federação. Passa por tudo, né? Passa por tudo, desde a concepção das nominatas como a sucessão estadual e a sucessão nacional também.

Com relação ao mercado da Redinha, como anda o projeto para aquela praia?
O mercado da Redinha é apenas o início de um grande projeto, para que a gente faça um terminal turístico, organizado, porque na hora que o mercado der certo, todo o arredor ali vai dar certo, novos restaurantes, novos bares A gente pode transformar aquilo ali, futuramente, como é hoje a praia de Ponta Negra onde tem o Curió, o projeto é que a gente faça, primeiro, essa PPP ou a concessão do mercado, preservando – é bom dizer mais uma vez, porque tem um pessoal, os vereadores da oposição que ficam criando factóides -, preservando os permissionários, que eles têm direito e vão ser preservados, e que a gente consiga fazer o mais depressa possível essa concessão para dar início ao grande projeto do terminal turístico ali na Redinha.

A prefeitura tem outras PPPs em vista?
Já conversei com o secretário Arthur Dutra (Concessões, Parcerias, Empreendedorismo e Inovações) para que estudasse várias PPPs. Ele tem estudado a PPP das creches, dos parques, porque em São Paulo, o próprio Ibirapuera hoje já é uma PPP. o caso do ginásio de esportes “o Geraldinho”, em Recife (PE), onde foi feito uma PPP através do prefeito João Campos (PSB). A gente tem que ver na PPP, não só a outorga que o município vai receber, mas o que o município vai deixar de gastar. Porque tem que entrar tudo num pacote. Então assim, tem coisas hoje que é melhor você passar para a iniciativa privada, porque além de ela cuidar melhor, vai trazer uma economia também e vamos cuidar da educação, saúde, assistência social e segurança.

A Prefeitura tem uma área ali embaixo da ponte, está sendo estudada também?
A gente voltou a estudar a possibilidade de uma marina, porque passa na nossa costa em torno de 100 mil barcos. Se 1% entrasse aqui, o turismo náutico talvez seja o turismo que mais deixa recursos. Não pode ser só uma marina, tem que ser um complexo, hotel, talvez um centro de convenções menor, que tem de ser feito com a iniciativa privada.