Senadora Leila do Vôlei chora ao pedir desculpas a Marina: ‘queimada é coisa séria’
A senadora Leila Barros (PDT-DF), mais conhecida como Leila do Vôlei, foi às lágrimas, na última quarta-feira, 4, ao pedir desculpas à ministra do Meio Ambiente e Mudança no Clima, a Marina Silva, pela “falta de compromisso com o futuro” por parte de outros parlamentares.
O gesto se deu durante audiência com a ministra, na comissão do Meio Ambiente do Senado, para falar sobre a onda de queimadas incêndios pelo país nas últimas semanas.
“Me dói olhar como que a gente tem a capacidade de vir pra comissão atacar um, atacar outro e não entender o quanto é sério o que a gente está vivendo. Nós estamos falando de produção e desenvolvimento. Que desenvolvimento [é esse?], se a gente não tiver consciência do que está acontecendo com o país, sendo dizimado em enchente, em queimada e em seca?”, desabafou a senadora.
Na ocasião, ela também criticou a postura de colegas parlamentares que atuam como “influencers políticos”, fazendo uso frequente de seus celulares “sem nenhum tipo de comprometimento com o coletivo”.
“Minha maior preocupação não é em que governo que foram [as queimadas], mas com o futuro, com as próximas gerações. Uma pessoa como você que está há anos falando ‘vamos chegar a tal ponto e chegamos por causa disso’ me faz refletir sobre a fumaça de ignorância que a gente viu”.
Ao final do discurso, ainda emocionada, ela diz admirar o trabalho da acreana e logo depois levanta para lhe dar um abraço. “A maior intenção do seu propósito é que você não quer que esse país acabe e não quer que a gente acabe com os nossos recursos naturais”, disse.
“Não estamos negando a importância do setor produtivo. Nós estamos praticamente implorando ‘vamos caminhar juntos, vamos resolver a situação desse país’”, finalizou.
Marina agradeceu o apoio e, diante de vários senadores, disse esperar que o Congresso aprove uma lei que institui emergência climática no Brasil, pelo fato de 1.942 municípios estarem em situação de risco climático extremo.
“Que a gente não avance em políticas que fazem com que haja retrocesso no desmatamento, que a gente corrija aquelas que permitiu que avançasse [a devastação] sobre reserva legal. E eu quero dizer que retroagir em algumas coisas não é demérito”, pontuou a ex-seringueira.
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