Turquia está pronta para ajudar “no que for possível” para cessar-fogo em Gaza
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou ao parlamento do país nesta quarta-feira (27) que a Turquia está pronta para contribuir “no que for possível” para um cessar-fogo em Gaza.
“Para acabar com o massacre em Gaza e estabelecer um cessar-fogo permanente, a Turquia está pronta para contribuir no que for possível”, destacou Erdogan.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na terça-feira (26) que “fará outro esforço” com a Turquia, o Egito, o Catar, Israel e outros para conseguir um cessar-fogo em Gaza, libertar os reféns e “acabar com a guerra, tirando o Hamas do poder”.
O Catar, um mediador-chave nas conversas indiretas sobre reféns entre o Hamas e Israel, abriu mão do papel depois de concluir que os dois lados “já não estão negociando com vontade”.
O escritório político do Hamas em Doha também foi fechado.
Na semana passada, a Turquia negou relatos de que o Hamas teria transferido o gabinete político para o país. Os EUA alertaram Ancara contra o acolhimento de líderes do Hamas, dizendo que “não pode haver mais negócios como de costume” com o grupo palestino.
Recep Tayyip Erdogan falou ao parlamento depois da entrada em vigor do cessar-fogo entre o Hezbollah e Israel. “Estamos satisfeitos com o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Líbano. Esperamos que todas as partes, especialmente Israel, cumpram as devidas responsabilidades, ao pé da letra”, acrescentou o presidente turco.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.
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